terça-feira, 18 de outubro de 2011

A tristeza - Sadness



O vento que sopra frio lá fora, bate insistente em minha
Janela. 
O vento bate, assobia e assobia uma música melancólica,
Triste, porem alegre ao mesmo tempo.
O vento quer me convencer a deixa-lo entrar em minha
Vida, penso querer invadir o meu coração. 
Ele canta e seu cantar diz que vai me falar de um amor
Que me deixou e agora se encontra longe de mim.

O vento me espreita através do vidro da janela. 
Ele lê os poemas que escrevo para a minha amada. 
Conhecedor dos meus segredos o vento dita as suas 
Angústias.
O vento me dita o que pensa que devo escrever. 
De repente, o frio que veste o vento, invade o meu 
Corpo e estremeço. 
O frio me enche de tristeza e esta tristeza entristece o 
Meu eu e dita a rima dos que estou a poetizar. 

O vento gélido e impiedoso canta em meu telhado todas
As músicas que gostávamos de ouvir juntos. 
É a saudade me torturando, me moendo, fazendo 
Sangrar o meu coração. 
M’alma, angustiada geme, chora e, embriagado pela 
Tristeza, sinto-me inspirado e então escrevo. 
Escrevo tudo que a tristeza e a dor ditam pensando
Estarem ditando os mais lindos poemas versando sobre
Nós dois. 

                                   * 


Sadness


The wind that blows coldly outside knocks insistently on my
Window. It knocks, whistles, whistles a melodious song, sad
And cheerful at the same time. The wind tries to convince me
To allow it to get inn my life, invade my heart. The wind
Sings its song telling me about a love that is far away from me.

The wind watches me and, through the glass, reads the poems
I write to you. Knowing my secrets, the wind dictates what it
Thinks I should write. The coldness that dresses the wind,
Invades my body filling it with sadness and is this sadness
That saddens my everything and dictates the rhyme of my
Poems.

The pitiless wind sings on my roof every song we used to hear
Together. I miss you and it tortures me, crushes me, makes my
Heart to bleed. My soul, anguished, moans, cries and drunk
By the sadness, I feel inspired and then I write everything that
Pain and sadness dictate to me thinking I’m writing beautiful
Poems that talk about us.

                                                                            Translated by Larissa Abreu

                              *


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