No escuro da noite a lua brilha no céu derramando sobre a
terra
Os seus mistérios.
O silêncio da madrugada, cínico, fingindo não saber ser parte do
Sistema, assiste as estrelas em seus imprudentes ir e vir
Despencarem sobre os oceanos fazendo-os transbordarem suas
Águas.
As águas dos mares sobem, transbordam e furiosas com o
Descaso com que são tratadas pelos homens, correm atrás destes
E roubam-lhes a vida.
Sem entender o que está acontecendo, os homens olham
Desesperados para o céu agora envolto em fumaças, e pedem
Clemência a Deus, Deus que há muito eles esqueceram.
Com o peito intoxicado pelas fumaças dos nossos carros,
motos,
Caminhões e fábricas, o vento tosse e sopra furioso os venenos
Que lhes obrigamos engolir.
O vento sopra! O vento sopra tufões, tornados e tempestades,
Destruindo tudo que encontra em seu caminho, deixando os
Homens ao desabrigo, ao relento, no frio do abandono.
Outra vez, chorando, os homens olham para o céu, agora
Desprotegido do ozónio, em busca de
abrigo mas este, revoltado,
Deixa desabar sobre os homens os raios ultravioletas que os
Fere de morte.
O dia amanhece e o sol desponta atrás dos montes explodindo em
Fúria.
O sol não dormiu, ele não dormiu porque os homens não lhe
Deixa respirar.
Sufocado o sol arde em febre e o seu calor avassalador incendeia
As florestas, ceifa vidas,
derrete gelos, enche mares e transborda
Rios.
Febril o sol consome as águas que repousam sob a sua luz e, em
Convulsão, vomita-as sobre a terra em forma de tempestades
Causando inimagináveis destruições.
O planeta, doente, tem seus
ciclos alterados e por isto hora está
Muito quente, hora gelado, o que resulta em fenómenos de
Consequências imprevisíveis.
Extremamente gelado, sentido frio o planeta treme, a terra se
Sacode violentamente e num estouro provoca, terremotos
Sacode violentamente e num estouro provoca, terremotos
Avassaladores arrasam, arrancam tudo que o homem cravou em
Seu corpo.
O planeta está revoltado com o descaso com que é tratado pelos
Vivente e para não ser destruído por estes, ele os destruirá.
O mar, vomitando os dejetos que lhes obrigamos engolir, num
Gigantesco tsunami invade a terra e força os homens chorarem suas
Inconsequências, força-os perceber que sem um acordo de paz com
O planeta eles não sobreviverão, não terão tempo suficiente para
Ver os seus netos nascerem.
*
Meu caríssimo poeta lindo!
ResponderExcluirAmei esse texto!
Posso dizer que acompanho o teu trabalho
há algum tempo, e, que conheço um pouco
o teu pensamento, este foi para mim um
dos mais expressivos que você já produziu!
Parabéns, o teu Manifesto provoca em muitos
de nós grande dose de sensibilidade para olharmos
com mais carinho o nosso Planeta.
A tua preocupação e o teu grito de alerta, levam-nos
a refletir que a situação está caótica pela
forma agressiva e impensada em que os seus habitantes,em especial as grandes corporações, têm provocado ao
nosso ambiente, à nossa casa Planeta Terra!
Adorei, meu poeta querido! Meus cumprimentos
por trazer esse tema ao debate!
Um grande beijo,
Dorinha