segunda-feira, 2 de julho de 2012

Ventania



É tudo! 
É quase nada se comparado a um sopro que,
Pretensioso, pensa ser uma ventania. 
Uma anedota! 
Uma estória que, se não refletisse pensamento 
Descabidos, não passaria de um caso que foi contado 
Até o seu final. 
É um pé descalço, calçado em um sapato sem sola 
Que fere
Quando pisa sobre pedras pontiagudas que ali foram
Atiradas como forma de humilhação. 
É! 
Enfim, um pé no chão, um inocente.

Um perdão! 
O perdão que se perdeu quando calou sobre lábios 
Irados, que fechou bocas em momentos de fúria e,
Descontrolados proferiram palavras que nunca tivera a
Intenção de proferir. 
A ferida aberta, muda, sangra como lágrimas a escorem 
De olhos cegos pela ira e odeiam
Como o ódio trancafiado em um coração. 
É tudo! 
É nada se comparado a uma anedota fora hora e mais 
Uma lágrima.

Enfim a luz. 
É como a luz que brilha intensamente sobre olhos que 
Se recusam enxergar em meio à escuridão. uma mão! 
A mão que afasta para os lados os problemas que 
Insistem em não sair da frente quando a vida, cega,
Caminha com olhos vendados e é tudo. 
É quase nada se comparado a um sopro que, pretensioso, 
Pensar ser uma ventania beirando uma tempestade. 
É um juízo, uma condenação uma sentença e mais 
Lágrimas.
                                                                                 Mauro Lucio

                                      *

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