É tudo!
É quase nada se comparado a um sopro que,
Pretensioso, pensa ser uma ventania.
Uma anedota!
Uma estória que, se não refletisse pensamento
Descabidos, não passaria de um caso que foi contado
Até o seu final.
É um pé descalço, calçado em um sapato sem sola
Que fere
Quando pisa sobre pedras pontiagudas que ali foram
Atiradas como forma de humilhação.
É!
Enfim, um pé no chão, um inocente.
Um perdão!
O perdão que se perdeu quando calou sobre lábios
Irados, que fechou bocas em momentos de fúria e,
Descontrolados proferiram palavras que nunca tivera a
Intenção de proferir.
A ferida aberta, muda, sangra como lágrimas a escorem
De olhos cegos pela ira e odeiam
Como o ódio trancafiado em um coração.
É tudo!
É nada se comparado a uma anedota fora hora e mais
Uma lágrima.
Enfim a luz.
É como a luz que brilha intensamente sobre olhos que
Se recusam enxergar em meio à escuridão. uma mão!
A mão que afasta para os lados os problemas que
Insistem em não sair da frente quando a vida, cega,
Caminha com olhos vendados e é tudo.
É quase nada se comparado a um sopro que, pretensioso,
Pensar ser uma ventania beirando uma tempestade.
É um juízo, uma condenação uma sentença e mais
Lágrimas.
Mauro Lucio
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