O vento sopra, a chuva molha e o sol seca,
queima
As folhas que, secas e queimadas morrem
e caem
Sobre a terra.
No solo, consumidas pelo
tempo, viram pó.
É a vida!
É o meu corpo molhado
pela chuva, a minha pele
Seca, queimada
pelo sol e enrugada pelo tempo que
Fica flácida e
cai, cai e atira o meu corpo ao chão
Onde este se transforma em pó.
Sou eu semente que ao
final das primeiras chuvas,
Tal qual as
plantas, germino e venho de novo à luz.
Renasço e cumpro,
assim, a promessa de vida
Eterna.
Para os vivos, enquanto vivo sou
presente.
Para os mortos, enquanto vivo sou futuro.
Morto, os mortos tratam-me no presente, enquanto
Os vivos referem-se a mim como passado.
Utopias, incoerências, dúvidas e incertezas, é o
que
A vida é.
A vida escapa ao entendimento dos humano
que
Desde o princípio recusam-se a aceita-la
como ela
É, mistérios.
Morto, assim como as
semente, repousarei sub a
Terra até a próxima
chuva que molhará o meu corpo
E o fará germinar para
uma nova vida.
O vento sopra, a chuva molha e o sol
seca, queima
E, seco, o fruto morre e cai sobre o
solo onde deita
Sua semente que ao final das primeiras
chuvas,
Assim como o meu corpo, germina e
nasce.
Ao nascer à planta cresce, dá frutos e
envelhece
Como tudo mais neste mundo, repetindo
assim o
Ciclo que garante a continuidade da
vida.
O ciclo que resume a promessa de vida eterna, que
Assegura o renascer de todas as cousas
sob o sol
E me faz pensar em minha eternidade.
Mauro
Lucio
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