O tempo
esqueceu!
O tempo
esqueceu a poeira
Deitada à
margem do
Riacho.
Ele esqueceu-a
e nunca
Mais voltou lá.
O
tempo deixou o
Esquecido, esquecido
nos
Pensamentos e seus cabelos
Embranqueceram,
Envelheceram e caíram.
O
tempo esqueceu-se das
Coisas que
antes ensinava, e
Hoje vaga como
um bêbado
Desorientado
no deserto da
Solidão. Irado, o tempo
Derrama a sua fúria
sobre a
Vida que verga mas não cede
E deita-se somente quando a
Fadiga lhe chama para deita.
O
tempo transformou-se em
Um velho
ranzinza que não
Para de reclamar,
e diz que
Tudo lhe pertence.
O tempo rouba os sorrisos
Das faces, ele rouba o que é
Meu, inclusive
a minha vida.
O tempo rouba!
Ele roubou a
Beleza da minha
idade
Jovem e derramou em
meu
Corpo o peso da idade, um
Cansaço que é seu.
O tempo
esqueceu!
O tempo esqueceu-se
da
Poeira que deitou às
margens
Do riacho e a soprou
Novamente, derramou-a em
Meu olhos e estes choraram.
Mauro
Lucio
*
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