sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A razão - The reason



Quando a razão perde o sentido
Das coisas e as coisas abandonam
O seu curso, o descuido apodera-se
Da situação e transforma-se no
Temido – e então?-.  O - e então?-,
Descabido como sempre foi, faz
Perguntas irracionais para às quais
Somente ele tem a resposta.
Desprovida de razão a situação
Questiona, ela questiona tudo que
Parece ser solução e sem solução
Entrega-se ao desencanto.
O desencanto, como pensamentos
Abandonados entregues ao acaso
Que os trata com descaso e
Concerta a pauta da vida com
Despropósitos que assustam a
Razão, a insultam. Sem razão a
Razão parece evasiva, parece algo
Impossível de ser vivido. Quando
A razão despe-se do seu sentido,
O absurdo, ainda que ignorante,
Faz-se prevalecer e provoca
Lágrimas que o amor não consegue
Conter. A razão ao perde o seu
Sentido como tal, transforma-se
Em  tempestades e desaba sem
Misericórdia sobe o inconsciente
Acusando-o de tudo que a decência
Abomina, e então o improvável
Torna-se tão provável que o sono,
Assustado com a escuridão no
Meio do dia recusa-se a dormir
Sozinha.

      Lido da Silva - Brasília, novembro de 2012

                   *



The reason


When the reason louse the meaning
Of things and things abandon its
Course, the carelessness takes over
Of the situation and becomes the
Feared - and then?-. The - and then? -
Unreasonable as ever, makes irrational
Questions to which only he has the
Answer. Devoid of reason the
Situation questions, she questions
Everything that seems to be the
Solution, and without a solution give
Herself to the disenchantment.
The disenchantment, as abandoned
Thoughts given up to the randomly
Treats them with contempt, it fix
Life with nonsenses that scare the
Reason, it insults the reason.
With no reason, the reason seems
Evasive, it seems something
Impossible to be lived. When the
Reason undresses her sense the absurd,
Though ignorant, makes itself
Prevalent and causes tears that love
Can not contain. When the reason loses
Her meaning as such, it becomes a
Storms and throw itself, without mercy,
Over the unconscious accusing it of
Everything that decency abhors, and
Then the improbable becomes so
Probable that, the sleep scared of the
Midday´s darkness refuses to sleep
Alone.

                    *
 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

O “daqui a pouco”.

Não sou tolo para acreditar no que o “daqui um pouco” está a me contar. A farsa disfarça e  esconde a verdade sobre a qual ela não quer fala...