quinta-feira, 9 de maio de 2013

Digo não



Digo não!
Digo não, quando ouço uma voz muda 
Em meu peito dizendo sim.
Impaciento-me quando a consciência 
(mulher ébria) insiste em sua teimosia 
Infindável contra o sorriso 
(sujeito vadio),
O senão (sujeito inseguro) e as angústias 
Do coração.
Reprimo a respiração (mulher traiçoeira)
Que se torna ofegante diante de
Sentimentos que pretendem ser a razão
(mulher ponderada), e digo-lhe para que 
Diga não quando o momento conspira 
Para que diga o sim (sujeito permissivo).
Fico confuso quando digo sim, e os
Meus lábios pronunciam não.
Deixo prevalecer o não quando u
Pensamento descabido acontece e
Minha mente e diz sim, o sim que eu me 
Recuso a reconhecer.
Um sorriso bobo acontece quando a
Gagueira (mulher medrosa), sem 
Explicação, escorrega dos meus lábios e
Expõe a minha emoção mulher frágil) e
Gagueja o sim que escondo em meu 
Peito.
Atordoado com a revolta dos
Pensamentos, digo não enquanto a
Incerteza me atormenta com a ideia d
Sim. 
O sim, desta feita atrevido, enterra o não 
Que me preserva dos muitos nãos que 
Já tive de ouvir.

                                     Maio 9, 2013

                                  *


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