quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Para ti - For you



Desconheço os teus passos, não sei
dos teus abraços, nem dos braços
que já não te abraçam mais.

Nunca ouvi dos teus amores, não
sei das tuas dores. 
Percebo, tão somente, o abandono
que te angustia, que te faz chorar.

Os teus olhos, mudos, não brilham.
O silêncio triste te cala, não me
falas das tuas tristezas. 
Segredos que teus lábios guardam.

Os teus sonhos deram lugar aos
Pesadelos que te angustiam. 
Tu não reage e então percebo 
estes sendo vertidos pelos teus 
olhos.

Onde terás perdido o amor? 
Por que terá o sol deixado de 
brilhar em teu dia a dia? 
Para onde terá ido a tua alegria?

Como as estações, o tempo leva
e traz as coisas de volta. 
O amor voltará ao teu coração e
te dará razões para voltar a ter
alegria de viver.

            Lido da Silva, Chuy, outubro de 2013


                         &

For you


I don't know your steps, I don't know
of your hugs, nor of the arms that
no longer hug you.

I never heard about your loves,
I don´t know about your pain.
I only notice the abandonment
that distresses you, that makes you cry.

Your eyes, mute, don't shine.
The sad silence shuts you up, you doesn't
tell me about your sadness.
Secrets that your lips keep.

Your dreams gave way to the
Nightmares that distress you.
You don't react and then I realize
these being poured out by your
eyes.

Where you have lost your love?
Why has the sun stopped to
shine in your everyday life?
Where has your joy gone?

Like the seasons, time takes away
and brings things back.
Love will return to your heart and
will give you a reasons to have
joy of to live again.

                 &

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A vida e a morte



Vida e morte! Tão partes do
Que vivo que me confundem.
Confundem-me quando as
Incertezas me acometem e,
Desorientado não sei se
Estar vivo é abraçar morte e
Vive-la, ou se morrer é
Degustar a vida como se esta
Fosse apenas o que é, vida.
A obscuridade veste os   
Mistérios da vida e da morte,
Duas criaturas intrigantes.
Intriga-me o pseudo silêncio
Da noite me levando para
Dormir.  Interessante!
Nunca o perguntei o porquê
De roubar-me horas de vida.
Vida! Será a vida o caminho
Para a morte, ou a morte é
Apenas o momento que segue
A vida?
Mistérios, mistérios e mais
Mistérios.
Ainda há pouco alguém que
Ansiava viver muitos anos
Morreu. Mistérios! A vida e
A morte são mistérios que
Zombam da minha sabedoria,
Atirando-me nos braços das
Dúvidas, das incertezas.
Vida e morte, o minuto
Seguinte que me aguarda,
Curiosidade que descasco,
Como faço com as nozes
Quando lhes quebro a
Casca, e exponho os seus
Mistérios.
Vida, morte, tão próxima
De onde estou, que de
Repente, bato à porta da
Vida e me abre a porta a
Morte.  
                      Outubro 28,2013


                &

sábado, 26 de outubro de 2013

Esperar - To wait



Não espere nada de ninguém,
mas no entanto não deixe de
esperar.
O esperar, por incrível que 
pareça, preenche as lacunas
do dia a dia.
O esperar espanta, ele 
incomoda a sensação de que
não há mais nada interessante
para acontecer em nossas
vidas.

              Habacuc, Chuy, outubro de 2013


                  &

To wait

Don't expect anything from anyone,
but nevertheless be sure to
wait for something.
To wait for the unknown, as incredible
as it is seems to be, It fills in the
everyday blanks.
The to waiting scary, the feeling that
there is nothing interesting to happen
in our lives.

                  &


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Velho Chico - Old Chico



Como uma história de amor,
O velho Chico serpenteia 
Por entre os montes, 
Florestas e paixões.
La vai velho Chico 
Contando a sua história!
Ele segue seu curso
Contando os causos que
Nascem e transbordam 
Das  bocas dos seus 
Pescadores, e de suas 
Adoráveis  lavadeiras.
As  lavadeira do velho 
Chico falam dos amores 
Vividos dos amores feridos
E dos amores perdidos, são 
Tantos os caso de amores 
Que der repente tudo s
Transforma em um novelo
,
Um novelo de história, de 
História do velho Chico.
São causos que vão 
Ficando pelos caminhos, e 
Amores que adormecem 
Abraçados ao cântico das 
Carrancas que sobem e 
Descem o velho Chico.
Lá vai o velho Chico rumo
Ao seu destino, ora caminha 
Lento, ora corre veloz.
O velho Chico segue se 
Arremessando sobre os 
Rochedos para, de repente, 
Suave como o sopro das 
Brisas, contar sua histórias 
Que às vezes nos fazem 
Sorrir, mas as vezes nos 
Fazem chorar.
São historias de amores 
Encontrados e histórias de 
Amores perdidos, há 
Também os casos de 
Tragédias, coisas de gente 
Muito vivida.
Lá o velho Chico rumando 
Para o mar,  aqui e ali 
Sussurrando a suas canções.
O velho Chico abraçado à 
Noite de luar, segue rumo 
Ao mar que o espera para, 
Juntos, falarem dos 
Segredos que habitam em
Sues ir e voltar.

               Outubro 25, 2013

                  &

Old Chico

As an endless love story,
The old Chico meanders through
The hills, forests and passions.
There goes old Chico!
He runs his course
Telling stories which
Overflow from fishermen´s
Mouth and his washerwomen
Which talk about lived lover.
It was so many loves...
Loves which got drunk in
Fantasies, loves that got lost,
And loves which asleep
Embraced to the song of
His frowns.
Slow, however, sometimes
Voracious, the old Chico
Follows throwing himself over
The rocks to, suddenly,
Soft as the breath of breeze,
To tell sweet loves stories.
As silver lava, whispering the
Most beautiful songs,
The old Chico embraced to
The moonlit night, follow
In the way to the sea
Which wait to him for,
Together, sing the sonnets
This was taught to them
By the winds.

                       October 25, 2013



                   &

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O crack


Curtir o crack
É jogar com a sorte,
É brincar com a morte,
E perder sem ter o direito de
Reclamar da sorte.

Crack! Que m... é esta mané?
Esta droga não sabe jogar,
Quem joga com ela é o otário da vez,
Que, com muita sorte,
Não morre em um xadrez.

Perdeu véi!
O crack te f...,
Abandona essa parada,
Saia dessa jogada,
Antes de ter a tua cabeça estourada.

O crack está lá na esquina,
Coisa assassina.
Não lhe dê atenção,
Não seja vacilão
Uma bobeira, e tá no chão.

O tempo fechou irmão!
Vai chover doideira no teu chão.
O bicho pegou, o crack te ganhou,
F..., perdeu véi! Não adianta chorar
Te falei pra não vacilar.

                          Outubro 23, 2013


                     &

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Não te desencante! - Don't be disenchanted!



Deixa pra lá!
Senta-te aqui do meu lado e cala,
Quero ouvir o teu coração.
Faz mal não!
Ontem, quando o sol foi encoberto
Pelas nuvens, o vento me soprou
Que o amor está preste a
Desabrochar em teu coração.
Não te desencante!
Cante uma nova canção ou então
Pense em uma versão que não te
Faça sofrer.
Fazer o quê?
A paixão é vadia, ela trai aquele
Que mais ama, com quem nunca
Foi dado a amar.
Melhor deixar pra lá!
Senta-te aqui do meu lado e cala.
Não fale e nem pergunte!
Quando caminhando por entre
Os devaneios fores abraçado
Pela paixão, dispa-se do medo e
E abra o teu coração. 
Aceite a ilusão como se fora uma 
Nova canção, uma versão criada 
Com a promessa de ser eterna,
Um amor que nunca te deixará.
Deixa pra lá...

                     Habacuc, outubro, 2013

                       &



Don't be disenchanted!

Never mind!
Come, have a seat by my side
And be quiet, I want to feel
Your heart.
Never mind!
Yesterday, when the sun was
Covered by the clouds,
The wind told me that love is
About to blooming in thy heart.
Don´t disappointed!
Sing a new song, or think of a
New version of thought which
Do not make you suffer.
What can you do?
Passion is a bitch, she betrays
The ones whose loves the most
With the ones whose never was
Given to love.
Just forget it!
Come, have seat by my side
And be quiet.
Don´t talk and do not make
Questions!
When walking through
Daydreams and be embraced
By the passion, undress yourself
Out of fear and open your heart.
Accept the illusion as if it were
A new song, a version created
With a promise of to be eternal,
A love which will never abandon
You.
Never mind ...
                          

                     &
 


Superação


Ainda que o "ontem" me tenha trazido
Decepções e tristezas sou feliz por 
tê-lo vivido.

Sobrevivendo ao "ontem" percebi que
sou forte o suficiente para superar
situações que, até então, pensava que
diante das mesmas sucumbiria.

Que venha o amanhã com todas as 
suas nuances.
Ciente da força que tenho, sei que sou
mais forte do que pensava ser.
                    Lido da Silva - outubro de 2013

                              &

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O abandono do amor - Abandonment of love



Amargo como o abandono, frio como o - “Me deixa!”,
Doído como o -  “Me esquece!” e triste como o 
Desprezo, é assim o fim de um grande amor que 
Nasceu jurando ser eterno.

Sofrido como a angústia, seco como as decepções, e
Doido como a dor muda que tortura a alma.
Ferida raivosa que morde a carne e a faz sangrar. 
Gemidos e soluços sufocados para não serem ouvidos
Pela solidão, são assim as enfermidades que acometem
A paixão antes da sua morte.

Lágrimas que escorrem e respingam na vaidade e
Desbotam sua vestimenta.
O frio horripilante que gela a alma de dentro para fora .
O desconsolo inconsolável e o pavor diante da hipótese 
Do final. É assim o adeus ao término da  relação.

A insônia que tortura no meio da noite, o silêncio que
Se recusa a calar-se, a dor! A dor inclemente que 
Esmaga o orgulho, o ego e faz sangrar o coração.um
“Se não” que interrompe tudo, para não explicar nada,
A incompreensão.
A fúria do orgulho ferido alimenta a ira da dor que
Parece doer por prazer de doer. É assim o amor traído, 
Transformado em ódio.

O amargo do abandono, o velório do amor morto,
Assassinado pela desatenção, a desilusão.
Doído como a frustração eterna, o enterro do amor é
Inexplicável, é amargo como tudo que acompanha o
Motivo da sua morte, é lamentável como não ter
Socorrido o amor quando este, lutando por sua vida,
Implorava por clemência.
                
                                                 Habacuc, Outubro 18, 2013

                            &



Abandonment of love


Bitter as the abandonment, cold as the - "Leave me alone"!
It hurt like the - "forget me!" And sad as the contempt.
This is the end of a great love that was born swearing to
Be eternal.

Suffered such anguish, dry as the disappointments,
And crazy as pain that tortures the soul.
Angry wound which bit the flesh and cause to bleeds.
Moans and sobs choked for do not being heard by
Loneliness that is how look like the diseases that affect
The passion before its death.

Tears that flow and spillover the vanity and fade her cloths.
The eerie cold that freezes the soul from inside to outside.
The inconsolable desolation and dread with the hypothesis
Of the end of the love.
So this is how the goodbye, at the end of the relationship,
Looks like.

The insomnia that torture in the middle of the night, the
Silence that refuses to shut up and the pain!
The inclement pain crushes the pride and the ego and
Cause the heart to bleed.  A - " If not" that stops
Everything for do not have to explain anything, the
Misunderstanding.
The fury of the wounded pride fuels the wrath´s pain and
It seems to ache just for the pleasure of to hurt.
So! This is how the betrayed love transformed into hatred
Looks like.

The bitterness of abandonment, the mourning of the dead
Love murdered by the inattention and disillusionment.
Painful as the eternal frustration, the love burial is
Inexplicable, is bitter as all that follow the cause of its
Death and unfortunate as do not have helped the love to
Survive when he was fighting for his life, when love
Begging for mercy.


                                        &



Fardo

  Envelheci. O que me foi dado a viver, vivi.  Os meus olhos, agora cansados, vêm, ainda que sem muita nitidez, a hora da minha despedida. V...