quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A minha orquídea - My orchid



A orquídea que quando pela
Primeira vez abracei vestia a mais
Linda das flores, já não flora mais.
O tempo a desnudou e, desnuda,
Ela não sorri e nem mostra felicidade.
A orquídea que conheci vistosa e
Radiante de alegria agora esconde
A sua tristeza na flor que recusa-se
A brotar do seu ventre e, em
Seu olhar mudo que me olha com
Indiferença quando retorno para
Casa.
Acolhida em um vaso de barro que
Repousa sobre um velho banquinho
De madeira no canto da sala,
A orquídea observa a solidão que
Me amedronta e pensa: - O que 
Seria deste velho homem sem a 
Minha companhia?
Para os meus botões confesso que
Não sei como seria a minha vida
Sem a triste orquídea que, apesar
De não florir mais, colore a minha
Vida.
Abandonar-me? Não! A minha  
Orquídea não me abandonará.
Morrer? Ela não morrerá!
Há muito ela está ali, no canto da
Minha sala e dentro do meu 
Coração.
Quando no final do dia, ao 
Retornar para casa,  busco-a com
O meu olhar e este encontra o seu
Olhar interrogativo a me perguntar:
- Por que me olhas? Na verdade
Não sei por que a olho, mas olho
Como se não tivesse certeza de
Que ela vai estar ali me esperando.
Amo a minha orquídea! Ela é minha,
E eu a amo.

                                  Outubro 16, 2013

                &

My orchid

The orchid which, when I first
Hugged use to dress the most
Beautiful flowers, no longer
Exist.
Time has stripped her down
And naked she does not
Smile or shows happiness.
When I first met my orchid
She use to show beauty and
Overjoy. Now she hides her
Sadness in a flower which
Refuses to bloom from her
Womb and her dumb eyes
Gaze me with indifference
When I return home.
Welcoming in a clay pot
Which rests on an old wood
Stool in the corner of my living
Room, the orchid notes the
Loneliness that frightens me
And she thinks: - What would
Be this old man without my
Company?
To myself I confess that
I don´t know how would
Survive without my sad orchid.
Despite she do not bloom
Anymore, she still brings
Colors into my life.
To abandon me? No way! My
Orchid would never leave me.
To die? She will not to die!
It has been a long time since
I first met her. She is there,
In the corner of my living
Room and deep inside my
Heart.
In the end of the day, when
I return home, I seek for my
Orchid and it is when I meet
Her quizzical gaze asking me:
- Why are you looking at me?
The truth is that I do not know
Why I look at her but, I do
Look like she is not there
Waiting for me.
I love my orchid! She's mine,
And I love her.

                    October 16, 2013


                &

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O “daqui a pouco”.

Não sou tolo para acreditar no que o “daqui um pouco” está a me contar. A farsa disfarça e  esconde a verdade sobre a qual ela não quer fala...