quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Vento


Vento!
Menino vadio, travesso.
Garoto sapeca que suja 
As roupas do varal.
Vento!
Menino louco! 
Garoto dono da pirraças sem graça,
Bom de apanhar.

Sem graça!
Sim, sem graça!
Garoto travesso  em desordem sopra, 
Obriga a poeira sonolenta se levantar,
E a atira nos olhos que ousam olhar-lo
Com reprovação.

Aquieta-te vento!
Menino atrevido, descabido.
Deixa em paz as folhas mortas que
Drmem o sono dos justos.
Por que bolinar com corpos que
Jazem indefesos no chão?
Aquieta-te menino!

Fique quieto menino!
Não obrigue  deitar a relva que
Ainda não tem sono. 
Não faça lacrimejar olhos que não têm
Motivos para chorar!
Vai brincar! 
Vai moleque!

Vento, menino rebelde!
Cuida das tuas travessuras.
Menino sem compostura que atira
Tudo ao chão. 
Resmungão!
Acalma-te vento! 
Venha para dentro, aquieta-te.

                           Janeiro 02, 2014

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