quarta-feira, 12 de março de 2014

Saudades da minha rua



Que saudade!
Saudades, saudades, saudades.
Saudade que choro em minha saudade,
Saudade que ressente o que se perdeu no tempo
Saudade que chora o que nunca esqueci.
Saudades!
Saudades de histórias vividas,
Saudades de passagens adormecidas que
Despertam-se, no meio da solidão, para me
Falarem de saudades e reclamarem por
Nunca terem acontecido, saudades!
Saudades do muito que se perdeu por medo,
Saudade de  tudo que foi deixado para depois,
Saudades do que foi evitado,
Saudades de tudo por que chorou.
Saudade! Saudades! Saudades.
Saudade daquela rua,
Saudade da lua,
Saudades da moça da esquina,
Saudades do beijo que nunca aconteceu.
Saudades, saudades, saudade!
Saudades que, caladas, escondem prantos,
Saudades que falam de desencantos,
Saudades do que não pode ser falado,
Saudades não confessadas.
Saudades! Saudades! Saudades.
Saudades choradas em silêncio,
Saudades escondidas em sorrisos,
Saudades nos abraços de despedidas,
Saudades de tudo que ficou para trás
Saudades daqueles que jamais verei outra vez,
Saudades que implora para o tempo voltar,
Saudades, saudades, saudades,
Vivo de saudades, sou saudades.

                               Março 12, 2014

                        &


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