quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A distância



Do que me falaria a distância senão de saudades?
Saudade de olhos que os meus olhos já não vêm mais,
saudade de sorrisos que outrora me fizeram sorrir,
saudade de braços que agora não me alcançam,
saudade dos afagos que, distantes, não me afagam.

Do que me falaria a distância senão de saudades?
Saudades do tempo e dos ventos,
saudades das chuvas,
saudades do teu perfume,
saudades, saudades.

Do que me falaria a distância senão de saudades?
Saudades do que vivi contigo,
saudades do que deixei de viver,
saudades dos devaneios que experimentei,
saudades, saudades.

Do que me falaria a distância senão de saudades?
Saudades dos amores que vivi,
saudades dos amores que perdi.
Saudades de quem me deixou,
saudade do tudo que deixei de viver.

Do que me falaria a distância senão de Saudades?
Saudade, saudade, saudades!
Vivências que se perdem no tempo viram saudades,
sentimentos se transformam em saudades e dói.
Dói, e me faz sentir saudades, saudades, saudades.

             O Mensageiro - Chuy, julho de 2016.

                       $

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