quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Distraído


Desavisado,
olho o céu e
me descubro vigiado pela lua.
Estou na rua,
descalço,
piso às feridas
que me ferem.

Esquecido,
sinto saudade dos teus braços,
abraços que tanto me abraçaram e,
de repente me abandonaram,
me deixaram na rua.
Na rua piso às feridas que
o desagasalho fere.

Um beijo,
desejo de ser beijado por ti.
Ilusão, quanta paixão!
Esquecido, abraçado pela solidão
saio à rua, a nossa rua.
A lua discretamente me observa e,
Esconde-se ao pressentir o meu
olhar.

Distraído não percebo o escuro
da noite observando eu chorar
a tua ausência.
Sinto saudade do que foi 
consumido pelo tempo, a rua, a lua, 
os teus braços, os abraços.
De tudo só restou o vazio, o frio.

 O Observador - Chuy, novembro de 2015.

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Devotos da perversidade.

  Me recuso a acreditar que mentes sanas deem a luz a pensamentos insanos. Não! Definitivamente não creio que aconteça  de um coração justo ...