olho o céu e
me descubro vigiado pela lua.
Estou na rua,
descalço,
piso às feridas
que me ferem.
Esquecido,
sinto saudade dos teus braços,
abraços que tanto me abraçaram e,
de repente me abandonaram.
Me deixou na rua,
piso às feridas,
que o desagasalho fere.
Um beijo,
desejo de ser beijado por ti.
Ilusão, quanta paixão!
Esquecido, abraçado pela solidão
saio à rua, a nossa rua.
A lua discretamente me observa e,
Esconde-se ao pressentir o meu
olhar.
Distraído não percebo o escuro
da noite observando eu chorando
a tua ausência.
Saudade do que foi consumido
pelo tempo, a rua, a lua, os
braços, os abraços, de tudo só
restou o vazio, o frio.
O Observador - Chuy, novembro de 2015.
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