sábado, 28 de junho de 2025

Maledicência

 


Odeio quando que as palavras descabidas, 

mesmo sabendo do risco de magoar,

se pronunciam.

Porém, pior que essa palavras, são os 

sorriso que as aplaudem sem se 

importarem com as feridas abertas pelas

mesmas.


Daí em diante os pedidos de desculpas 

parecem toscos, mera burocracia.

As feridas já foram abertas e os sorrisos,

sem graças, fingem arrependimentos

mas não adianta, arrependimento não 

cicatrizam feridas.


Odeio as palavras quando estas vêm 

travestidas de sentimentos os quais não

expressam o que elas, de fato, guarda

em seu cerne.

No momento em que pressinto a

chegada de tais senhoras me retiro do

recinto e evito, desta forma,

testemunhar feridas serem abertas.


Não me permito sorrir um sorriso que

mais tarde, certamente, sorrirá de mim.

Não me dou a conviver com palavras

que, ainda sabendo da possibilidade de

ferir, se pronunciam.

Não soio estender a mão para mãos

que soiam apedreja sem se importarem

com as feridas que causarão nos

apedrejados.


Ainda que a verdade e a sinceridade

tenham que prevalecer em todas as

circunstâncias, a sensatez recomenda

prudência em usa-las, não podendo as

mesmas serem usadas como

instrumento de "mind game".

Não consigo conviver com ferimentos

os quais jamais terei coragem de ferir.


        O Mensageiro - Chuy, junho de 25.


                   $ 


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