sábado, 9 de janeiro de 2016

Cismas




Cismas,
desgostos, tristezas, palpitação.
Peço réplica e treplica, não
tarda e grito.
Basta!

Estas coisas não acabam,
grito!
O silêncio ópta por calar-se,
claro!
A cisma amarga, machuca, 
mas deixa pra lá!

O tempo cura tudo, e o que ele
não cura, mata.
Chora!
Engula o fel que as cimas 
vomitam em sua boca, faça 
careta, grite.

Não bata, e matar nem pensar.
Essa coisa vai viver, há 
feridas que secam, cicatrizam,
mas deixam marcas apenas
para se fazerem lembradas.

Cuida com as cismas, cismas 
são só cismas, nunca certezas.
As incertezas incomodam 
mais que qualquer dor.
Loucura, isto sim é loucura.

São as cismas.
As cismas matam mais que a
morte, ferem mais que as 
feridas, e chicoteiam mais
que os chicotes.

Deixe que as cismas cismem,
cismado, muito amor já 
matou.
As cismas enganam pelo 
simples prazer de enganar.

Cismas,
Cismas,
Cismas,
A vida não passa de cisma.

 Habacuc - Chuy, janeiro de 2016

            @



sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

...e tu. ...and you.


...e tu!
Tu que tantas noites em meus braços
dormiste.
Tu que banhada em nosso suor,
depois de muito nos amarmos, 
juraste ser eu o teu eterno amor.
Por onde andas agora?

Não choro!
Não chamo o teu nome e nem me
esforço para te esquecer.
Gosto de beber-te em um cálice de
vinho seco que faz arrepiar o meu
corpo ao molhar a minha garganta.

O desconforto da tua ausência, 
esvai-se no vazio da minha 
embriagues.
A surdez da minha lucidez engana,
vive as suas crenças nas quais não 
creio.
Bebo!
Bebo o escuro da noite que me faz
dormir.
Entrego-me à madrugada e te 
esqueço.

...e o teu amor, outrora infinito, 
acabou?
Acabou?
Deixou-me?
Esqueceu-me?
Lembranças, lembranças, 
lembranças! 
Vivo de lembranças.
Lembro-me até do que esqueci de 
esquecer.
Na boa, o esquecimento não existe.

Por favor, mais um cálice!
Que seque a minha sede o vinho
seco.
Quero reviver os meus 
esquecimentos.
Amei de forma intensa o amor que
amei.
Amei de uma forma tal que, até a
  solidão deseja ser amada.
Estranho!
Acordei, é o fim.

  Mauro Lucio,- Chuy, janeiro de 2016

              @

...and you.


...and you!
You who so many nights in my
Arms slept.
You who bathed in our sweat,
After we loved each other a lot, 
And swore that I would be your
Eternal lover.
Where are you now?

I don't cry!
I don't call your name and 
I don't try to forget you.
I like to drink you in a glass
Of dry wine, which makes my 
Body shiver as wetting my 
Throat.

The discomfort of your absence,
Vanishes into the void of mine 
Drunkness.
The deafness of my lucidity 
Deceives, it has its beliefs in 
Which I don't believe.
I drink!
I drink the dark of the night that 
Makes me to sleep.
I give myself to the dawn in the 
Way to forget you.

...How about your love once 
Infinite, is it finished?
Is it finished?
Has it left me?
Have it forgotten me?
Memories, memories, 
Memories!
I live memories.
I even remember what I forgot
To forget.
Well, forgetting doesn't exist.

Please, another cup!
May the dry wine to dry my 
Thirst.
Let me revive mine 
Forgetfulness.
I loved love intensely the love
That I loved.
I loved in such a way that 
Even the loneliness wants to 
Be loved by me.
Strange! It's the end.

                 @

Devotos da perversidade.

  Me recuso a acreditar que mentes sanas deem a luz a pensamentos insanos. Não! Definitivamente não creio que aconteça  de um coração justo ...