No trato com a vida o medo
Assusta.
A desconfiança desconfia
Da coragem tardia e então
Corre.
Insegura a confiança foge,
Se esconde com medo.
As palavras, ainda que
Sem querer, as vezes
Ferem.
As feridas sangram,
Gemem e os gemidos
Resmungam.
O choro chora mas se
Sufocado morre.
Morre em silêncio tal
Como nasceu.
Diante do desespero a
Voz se cala, a boca seca
Amarga, o grito que
Não gritou morre.
Morto o grito, o soluço
Preso na garganta
Explode em silêncio.
Um silêncio que nunca
Calou.
O fim que poderia ter
Se dado agora não se
Deu.
A esperança há muito se
Desfez no tempo.
Não vejo no horizonte,
Nada parecido com a
Paz.
Lido da Silva, fevereiro de 2016
@
Dealing with life the fear
Scare.
The distrust distrusts
Of belated courage and
Then runaway.
Insecure the confidence
Insecure the confidence
Flees, flees and hide
Herself in fear.
The words, though
Unintentionally,
The words, though
Unintentionally,
Sometimes hurt.
The wounds bleed,
Moans and the groans
Grumble.
The cry cries but if
Suffocated dies.
Die in such silence as
The wounds bleed,
Moans and the groans
Grumble.
The cry cries but if
Suffocated dies.
Die in such silence as
Was born.
In the face of the
In the face of the
Despair the voice is
Silent, the dry
Mouth bitter, the cry
That didn't cry die.
Dead the scream, the
Dead the scream, the
Hiccup stuck in the
Throat explodes in
Silence.
A silence that never
Shut up.
The end that could
A silence that never
Shut up.
The end that could
Have happened now
Did not happened.
The hope has long
The hope has long
Gone, it faded in time.
I don't see on the
I don't see on the
Horizon, nothing that
Looks like peace.
@
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