A agonia do descaso,
A brutalidade da força,
A frieza do tapa,
O empurrão
A reclusão.
Que disparate!
Ficar parado não é solução,
O calar sufoca.
Não!
Nem pensar,
É tudo agressão.
Confusão, a repressão
Repreende, nada permite.
O grito, com medo, cala,
Então morre.
A brutalidade intimida.
Onde está todo mundo?
O mundo, mudo, é
Consumido.
A ganância voraz é
Insaciável.
Quem já têm muito,
Sempre quer mais.
Os calados são reféns e
Morrem reféns dos
Seus silêncios.
Vítimas são apenas os
Que questionam.
Os que calam, ainda
Que vítimas, são
Cúmplices.
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