Não cale o meu “não”,
ainda que este te contrarie, é a minha
visão.
Dos meus tropeços, choro eu os
tombos.
Das minhas incertezas, vivo eu as
angústias.
Aceite o meu “não” tal como me calo
diante do teu “sim”.
Ainda que o teu “sim” machuque os
meus ouvidos, me atire ao chão e me
agrida mais que sermões, me calo.
Não!
Na dúvida da intenção do teu “sim”,
digo "não".
Então, que o meu “não” não seja
rejeitado por ti.
Que o meu "não", não seja para ti,
um cálice intragável, que ele não te
cale.
Que o meu "não" não signifique,
para ti, tão somente o que ele, de
fato é, um “não”.
Não!!!
Assim como o vento deita a relva
onde, desavisada, uma flor nasceu,
eu deito o meu "não" em seu
desalento.
Que dó!
A solidão amarga, trava na garganta,
sufoca.
Não gosto do abandono do "sim"
descuidado, e daí o meu “não”.
Não brindo o adeus, não guardo a
solidão por companheira, e odeio o
silêncio do silêncio.
O desprezo das noites vazias
contrastam-se com a arrogância do
"sim" incondicional, e as evasivas
do medo de dizer "não" me induzem
a gritar, "Não!".
Lido
da Silva - Chuy, julho de 2017
@
My "no".
Please don't stop my "no"!
Even if it contradicts you,
it's mine decision.
From my stumbles I cry my
Falls.
Under the uncertainties
I live the anguish.
Accept my “no” as I shut up
In front of your “yes”,
Even if it's a "yes" that
Screams, that throws me to
The ground, that hits me
More than sermon.
No!
In the uncertainty of “yes”,
I say no.
May my "no" doesn't
Displease you.
May it not be a bitter chalice,
Let it not shut you up.
May my "no" be for you
Just a "no".
No!!!
As the wind blows the
Grass where, unsuspecting, a
Flower was born I lay down
My "no".
What a pity!
Bitter loneliness hangs on
Throat, suffocate.
I don't like abandonment,
So my “no”.
I don't drink the goodbye,
I don't have the loneliness
As a companion, I hate the
Silence of silence, the
Contempt of empty nights,
The Arrogance of "Yes"
Unconditional and the
Evasions of the scare to say
"no" force you to shout
"no!".
What a pity!
Bitter loneliness hangs on
Throat, suffocate.
I don't like abandonment,
So my “no”.
I don't drink the goodbye,
I don't have the loneliness
As a companion, I hate the
Silence of silence, the
Contempt of empty nights,
The Arrogance of "Yes"
Unconditional and the
Evasions of the scare to say
"no" force you to shout
"no!".
@


