quarta-feira, 25 de abril de 2018

Não fogem à luta


Ó minha pátria amada,
Quão desamada tens sido ultimamente!
Os teus filhos, que um dia juraram te defender,
Assistem inertes o seu flagelo.

Minha pátria amada!
Por onde anda a sua justiça que não vem lhe
Socorrer?
Por que calam as vozes eleitas para falarem
Por você?
Com quem estão as armas criadas para lhe 
Defender?

Pátria amada, vivo a sua aflição!
O meu coração se angustia diante de tantos
Senãos.
Os seus filho, desorientados, sem saber quem
Está com a razão e vagueiam perdidos n
Fogo cruzado entre a situação e a oposição.

Pátria mãe!
Os teus filhos indefesos clamam a por 
Reação.
Procuram por uma liderança para unir o teu 
Povo em torno uma ação e lutar a sua luta 
Contra a subversão.

Luta inglória, a luta contra a desinformação!
Vivemos tempos de mentiras, dentre outras
Tantas aberrações.
É fogo cruzado entre os mentirosos de
Plantão.

Ó minha pátria amada!
Que seus filhos não permaneçam inertes,
Em berço esplêndido, indiferentes aos atos
Nefasto dos seus inimigos.
Que os eleitos cumpram, com bravura, os 
Desejos dos seus eleitores.

Ó pátria amada!
Até quando os seus filhos bons assistirão, 
inertes, as ações dos pervertidos?
Por que pátria amada, por que tanto medo 
de expressar uma reação?
Fugir não evita a luta, nem apazigua a 
Nação.

Pátria amada!
A cautela é sábia, porem o excesso de 
prudência faz-se parecer com a covardia.
A inércia encoraja os inimigos a perseguir
Os seus intentos.
Levanta-te, ó pátria amada! 
Mostre que os teus filhos jamais fugirão
À luta.

                                 Lido da Silva, abril de 2018.


                           @

domingo, 8 de abril de 2018

De tudo um pouco * A little bit of everything,





De tudo um pouco.
O bobo,
A corte e,
Eu.

No tempo não há espaço ou
Se ganha ou se perde.
Não existe a simultaneidade,
Sempre algo se dá antes.

Pergunto ao sorriso o que o faz sorrir,
E ele se cala.
O sorriso não gosta das perguntas,
Assim como as perguntas odeiam os 
Sorrisos.

É fato.
Antes do empurrão a intenção.
O pedido de desculpas, quando 
Vem, chega somente após as feridas.

Assim sendo, de tudo um pouco,
A corte e eu.

Sorrir dos tombos dos outros é
Burrice, eu nunca sorri.
Normalmente estendo a mão e
Ajudo o caído a se levantar.

Eu não sorrio das lágrimas, ainda
Que estas sejam de felicidade, eu
Não sorrio.
As assisto calado quando não me
Cabe participar, sei que o meu
Dia chegará.

E então, de tudo um pouco, d
Pouco o muito.
Da dor a graça, do desamor ao
Amor.

De tudo um pouco,
A corte,
A situação
E eu. 

                   Mauro Lucio, abril de 2018


                              *

A little bit of everything,

A little bit of everything,
The fool,
The court and,
I.

There is no space in time,
You may be win and you may be lose.
There is no simultaneity,
Something always takes place before.

I ask the smile what makes it to laugh,
And the smile shut up.
The smile does not like the questions,
Just as the questions hate the smile.

Its fact,
Before pushing the intention.
The apology, when it comes,
It come only after the wounds.

Therefore, a little bit of everything,
The court and I

To laugh when some one fall is stupid,
I never smile. Normaly I help those 
Who fall to get up.

I do not smile of the tears, although
These tears are of happiness, I never
Smile.
I watch it quiet when it´s not to me 
To participate, because certainly my
Day will come.

And then, of all a little, from little
Too much, from pain to grace,
From heartbreak to love.

A little bit of everything,
The court,
The situation
And I.

                      *

Sinto-me assim




Sinto-me assim, como desistindo de tudo.
Sim!
Sinto-me como me dissolvendo no ar,
Transformando-me em nuvens, vapor,
Voando como o vento, ou coisa assim.
Acho que cansei,
Cansei-me das coisas, das pessoas,
Ou sei lá, talvez só me cansei.
De repente penso que é hora de partir,
Que é o momento de deixar para lá
Sei lá, parece que nada faz sentido.
Há um grande vazio,
A sensação de inutilidade,
Há os “por quês”,
E também os “para quê”,
São tantas os questionamentos
Que tudo parece unitil, e então a sensação
De vazio e da inutilidade de fazer as coisas.
Para onde ir daqui?
E para quê?
Ainda que eu não queira ficar aqui,
Não encontro motivo para ir para outro lugar,
E a sensação de desistindo de tudo.
Sinto-me como me misturando com o ar,
Desaparecendo no meio das nuvens.
Sem motivo para prosseguir,
Os questionamentos: por que? Para que?
Tudo parece tão inútil,
Parece tão igual,
Igual uma estrada sem fim.
É assim.
Assim me sinto como desistindo de tudo,
Sinto-me como se já tivesse vivido tudo,
Feito de tudo,
Vejo tudo tão igual.

                   *


I feel this way


I feel like this, giving up everything.
Yes!
I feel like dissolving myself in the air,
Turning me into clouds, steam,
Flying like the wind or something like it.
May be I just got tired,
Tired of things and people as well,
Or I do not know, maybe I just got tired.
Suddenly I think it's time to leave,
It's time to let it go.
I do not know, nothing seems to make sense.
There is a great emptiness,
The sense of worthlessness,
There are "why",
And also the “what for,"
There are so many questions
That everything seems useless, and then the sensation
Of emptiness and the uselessness of doing things.
Where to go from here?
And what for?
Although I do not want to stay here,
I cannot find reason to go elsewhere,
And so, the feeling of giving up of everything.
I feel like I'm mingling with the air,
Disappearing in the clouds.
For no reason to proceed,
The questions: why?
Everything seems so useless,
It seems so equal,
Just like an endless road.
And so.
So I feel like giving up of everything,
I feel like I've lived through everything,
It like I have already done everything in life,
I see everything so much the same.

                              *

O teu chicote

Não creio que me odeias como acreditas me odiar. Penso que o que inquieta o teu espírito é saber que já não vivo mais sob o teu julgo, que j...