Ouço ruídos nas
ruas,
Os questionamentos são tantos
Que o
vociferar esqueceu a cautela e,
Vocifera, vocifera sem parar.
As insatisfações
espreitam,
O medo já não assustam as vozes,
Quando as
vozes perdem o medo,
O medo não consegue perdurar.
As ruas
estão inquietas,
O vai e vem
não para, os múrmuros saem a noite.
Os outorgantes exigem serem informados,
Querem saber o
que tem sido feito com o
Que outorgaram.
Os ouvidos moucos,
certamente, serão
Atropelados, até porque o vociferar não vocifera
De uma garganta só.
Se os outorgantes
não estão satisfeitos com os
Outorgados mudanças virão.
É sábio ouvir o vociferar das ruas,
Até porque
as ruas sabem o que querem e, no
Momento parece exigirem serem ouvidas,
Ouvidos, ouçam às
ruas!
Os outorgantes estão indignados com os
Otorgados, o pudor há muito se
escondeu de
Vergonha, a vergonha,
rubra de vergonha, não se
mostra.
A ponderação está de prontidão.
O Observador - Castries, maio de 2019.
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