domingo, 19 de maio de 2019

O vociferar



Ouço ruídos nas ruas,
Os questionamentos são tantos
Que o vociferar esqueceu a cautela e,
Vocifera, vocifera sem parar.

As insatisfações espreitam,
O medo já não assustam as vozes,
Quando as vozes perdem o medo,
O medo não consegue perdurar.

As ruas estão inquietas,
O vai e vem não para, os múrmuros saem a noite.
Os outorgantes exigem serem informados,
Querem saber o que tem sido feito com o 
Que outorgaram.

Os ouvidos moucos, certamente, serão 
Atropelados, até porque o vociferar não vocifera 
De uma garganta só.
Se os outorgantes não estão satisfeitos com os
Outorgados mudanças virão.  

É sábio ouvir o vociferar das ruas,
Até porque as ruas sabem o que querem e, no 
Momento parece exigirem serem ouvidas,
Ouvidos, ouçam às ruas!

Os outorgantes estão indignados com os
Otorgados, o pudor há muito se escondeu de 
Vergonha, a vergonha, rubra de vergonha, não se
mostra.
A ponderação está de prontidão.


        O Observador - Castries, maio de 2019.


                  @


Devotos da perversidade.

  Me recuso a acreditar que mentes sanas deem a luz a pensamentos insanos. Não! Definitivamente não creio que aconteça  de um coração justo ...