dialogam, divergem,
discutem as respostas
cabidas e as descabidas,
perdem-se nos
emaranhado dos "por que".
São só detalhes, estrada da
imaginação, dúvidas, as
vezes pesadelos e mais
perguntas.
O que seria das respostas
evasivas, sem o "por que"
a questiona-las?
Pouco importa os "por que"
se eles estiverem mudos.
Que as dúvidas se
desesperem.
As dúvidas, se angustiadas,
angustiam, doem, ferem e
reclamam os "por que".
Angustiada, a angustia,
ainda que timidamente, se
apoia nos "porque" para
disfarçar a sua necessidade
de questionar, "por que"?
Que importa, as apreensões,
o frio, tristezas e as
frustrações causadas
pelos "por quê".
O vazio da
mudez pare
as perguntas.
Os "por que" calam-se
e as dúvidas ocupam o
seu lagar.
Os "se não" zombam
da
embriagues dos
"por que" e apontam:
- Farta é a
mesa do
silêncio.
Prudentes os "por que"
evitam as explicações
precipitadas dos "porque"
e, calado, espera pelo
que vem a acontecer.
O Observador - Chuy, maio de 2015
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