Pelo arraigado da paixão, e não por
causa da violência dos impropérios
ditos nas desilusões, me calo, me
faço mudo.
Sem me importar com o ridículo,
que zomba da minha suposta
fraqueza, debelo o orgulho e
aceito, ser para ti, o que acreditas
que sou.
Sei que para ti não passo de um
tolo, o máximo do idiotismo.
Ignorando as evidências,
parecendo insensível, permaneço
ao teu lado.
Fingindo acreditar no que sei
nunca haver existido entre nós,
e me fazendo crer ser um débil,
não me vou de ti, e nem te deixo
partir.
Me dou!
Não me cuido e descuido dos
cuidados que me acodem.
Sem paciência trato as minhas
dores com indiferença.
Sem graça, me calo diante da tua
afeição pelo desamor, e
inconsequente, aceito ser para ti
tão somente o que acreditas que
sou.
Lido da Silva - Chuy, maio de 2015.
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