Escorro pela vida
Até a velhice, cansada,
Me abraçar.
Vou ali, paro acola,
O tudo parece não se cansar.
E o tempo não deixa de passar,
Seca as lágrimas e os sorrisos,
Antes deste desabrochar.
De canção em canção
Vivo as paixões.
Amores e desamores,
Ilusões e desilusões
E o vento não para de soprar.
Gota a gota,
sou consumido pelo tempo,
sou consumido pelo tempo,
Do vento só o lamento,
Que não para de lamentar
As velhas paixões.
De lembranças em lembranças,
Vivo a vida,
As dores e as feridas.
As saudades me morde,
Me socorre,
Velho estou perto da morte.
De sorriso em sorriso
Vivo as graças com medo das desgraças.
A velhice chega com o tempo
Que me consome gota a gota,
Até o meu enterro,
O desterro.
Lido da Silva
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