terça-feira, 29 de setembro de 2015

Destroços - Wreckage



Choro destroços,
Precalços que a vida me impõe.
Sofro nos descaminhos que vivo,
Vivo desamores que desamei.
Em quem ontem bati, hoje me bate,
Cacos que quebrei me cortam,
Às vítimas dos amores que desamei,
Peço perdão, mas os seus perdões não me
perdoam.     

O tempo furta-me o pouco tempo que tenho,
As horas me escapam,
Fogem como os segredos que não guardei.
A sorte, infiel, acusa-me de infidelidade,
Infeliz experimento a infelicidade.
Caio sobre os destroços que destrocei,
Me firo nas feridas que feri,
Me ferem os sorrisos dos quais outrora sorri.

Choro destroços,
Pedaços de amores que quebrei,
Restos das ilusões que matei,
Mentiras que menti,
Meias verdades que falei.
Vida, mulher desumana!
Cobra-me pecados que me deste a viver,
Castiga-me como se fosses tu inocente,
Sem culpa nos pecados que pequei. 

        Lido da Silva - Chuy, setembro de 2015. 

                         &

Wreckage

I cry wreckage,
Mistakes that life imposes on me.
I suffer in the ways that I live,
I live the unlove that I despised.
Whom I hit yesterday, hits me today,
Shards that I broke cut me,
The victims of the loves that I don’t loved,
I ask forgive and the forgive does not forgive me.
 
Time robs me the time that I have,
The hours escape me,
Flee like the secrets I didn't keep,
The unfaithful luck accuses me of infidelity,
Unhappy I experience the unhappiness.
I fall on the wreckage I smashed,
I hurt myself in the wounds that I hurt,
The smiles that once smiled hurt me.
 
I cry wreckage,
Pieces of loves that I broke,
Remains of the illusions I killed,
Lies I lied,
Truths that I invented.
Life, inhuman woman!
Charge me for the sins that you gave me to live,
Punish me as if you were innocent,
With no blame for the sins that I've sinned.

                &



quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Te amo - I love you




Te amo!
Com maior intensidade que os voos dos pensamentos,
Te amo.

Te amo!
Com o mais profundo da pureza,
Te amo.

Te amo!
Como o mais terno dos olhares,
Te amo.

Te amo!
Te amo!
Te amo.

Te amo!
Simples assim,
Te amo.

Te amo!
Sem explicações,
Te amo.

Te amo!
Como uma canção,
Te amo.

Te amo!
Te amo!
Te amo.

Te amo!
Como o vento beijando as flores,
Te amo.

Te amo!
Como os mistérios da madrugada,
Te amo.

Te amo!
Como a brisa perfumando as manhãs,
Te amo.

Te amo!
Te amo!
Te amo.


O Observador - Chuy, setembro de 2015.

      
&



I love you


I love you!
With the thoughts ‘intensity,
I love you.

I love you!
With the purity´s deepness,
I love you.

I love you!
As the most profound gaze,
I love you.

I love you!
I love you!
I love you.

I love you!
Simple like that,
I love you.

I love you!
No explanation,
I love you.

I love you!
As the most sweet song,
I love you.

I love you!
I love you!
I love you.

I love you!
As the wind kissing the flowers,
I love you.

I love you!
As the dawns ‘mysteries,
I love you.

I love you!
As the morning´s breeze,
I love you.

I love you!
I love you!
I love you.

&

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Tudo, nada - Nothing



Teus olhos,
os teus braços,
os  abraços,
o afeto,
o beijo,
O calor do teu corpo,
o teu perfume,
o teu jeito,
as lembranças,
a saudade.

O tempo,
a vontade,
o "querer estar perto",
a distância,
as recordações,
a tristeza,
as lágrimas,
as lágrimas
o frio,
o coração.

A solidão,
o inverno,
o frio,
o nome,
o teu nome,
a tua voz,
o "longe",
o lugar,
o vento
saudades.

Mauro Lucio - Chuy, setembro de 2015.


    & 


Nothing

 Your eyes,
Your arms,
A hug,
The affection,
The kiss,
The glow,
Your perfume,
Your way,
The memories,
The longing.

The time,
The wish,
To stick around,
The distance,
The memories,
Sadness,
Tears,
Tears,
The cold,
The heart.

The loneliness,
The winter,
The cold,
The name,
Your name,
Your voice,
The away
A place,
The wind
The longing.

&

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Negro

                                      

Negro, filho da dor,
foi parido sem gritos,
o descanso nunca o ninou,
o mel não adoçou a sua boca,
mas o fel o amamentou.

Negro!
O teu olhar o acusa, o critica,
a tua cisma o açoita, 
e a tua desconfiança o agride.

Negro.
Alvo da tua demagogia,
detento da tua repreensão.
O teu racismo o acusa, a tua polícia
o policia independente se de noite
ou de dia.

Negros!
Para ti, todos são suspeito e, ainda
que negues, as tuas atitudes
te denunciam.

Negro!
Altivo, tripudia o teu menosprezo,
zomba da tua fidalguia,
desdenha da tua soberba,
e te tira para dançar.

Negro valente!
De vencido a vencedor, venceu o
tempo, venceu a dor, e as 
dificuldades nunca o desanimou.
Negro!
Negro senhor.

O Mensageiro - Chuy, setembro de 2015


                 &



sexta-feira, 4 de setembro de 2015




Vivo só!
Vivo como as noites sem lua, 
me sinto como o silêncio na madrugada.
Estou só.

Só!
Estando só falo e o silêncio, mudo, me responde.
Vivendo só, a alegria não me vê.
Vivo só.

Me sinto só!
Me sentindo só, não me falta tempo,
e as horas, preguiçosas, não passam.
Estou só.

Odeio ser só!
sendo só, falo e não me ouves, e 
me percebendo só, as lágrimas chorarem.
As lágrimas choram a minha solidão.

Sendo só!
Te chamo e não me respondes.
Só, ouço as batidas tristes do meu coração.
Detesto a solidão.

   Lido da Silva-Chuy, Setembro de 2015.

&


Devotos da perversidade.

  Me recuso a acreditar que mentes sanas deem a luz a pensamentos insanos. Não! Definitivamente não creio que aconteça  de um coração justo ...