segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Negro

                                      

Negro, filho da dor,
foi parido sem gritos,
o descanso nunca o ninou,
o mel não adoçou a sua boca,
mas o fel o amamentou.

Negro!
O teu olhar o acusa, o critica,
a tua cisma o açoita, 
e a tua desconfiança o agride.

Negro.
Alvo da tua demagogia,
detento da tua repreensão.
O teu racismo o acusa, a tua polícia
o policia independente se de noite
ou de dia.

Negros!
Para ti, todos são suspeito e, ainda
que negues, as tuas atitudes
te denunciam.

Negro!
Altivo, tripudia o teu menosprezo,
zomba da tua fidalguia,
desdenha da tua soberba,
e te tira para dançar.

Negro valente!
De vencido a vencedor, venceu o
tempo, venceu a dor, e as 
dificuldades nunca o desanimou.
Negro!
Negro senhor.

O Mensageiro - Chuy, setembro de 2015


                 &



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Devotos da perversidade. - Devotees of wickedness.

  Me recuso a acreditar que mentes sanas deem a luz a pensamentos insanos. Não! Definitivamente não creio que aconteça  de um coração justo ...