As certezas são insanas, duvide delas
sempre!
Se pressionadas com veemência, as
certezas fraquejam.
Não tenho certeza de nada!
Se me vês chorando, duvides da
minha certeza de que sofro.
Cá entre nós, nem eu mesmo tenho
certeza do meu sofrer.
A certeza acusa e, sua veemência,
assusta e cala.
Mas só cala os tolos, que não têm
certeza de coisa alguma.
E, tolo não sou.
Normalmente evito abraçar-me à
certeza, até porque, no âmago das
discussões todas as falas se parecem
com a certeza e só a certeza não
se manifesta.
A certeza de tudo envaidece, mas
ganha a cor da arrogância.
Travestida de arrogância a certeza
gera incerteza, esvai-se.
Eita dúvida, a certeza fraqueja!
Certezas!
Não me apoio na certeza pois,
insana como é, ela vacila diante
das incertezas e deixa o vivente na
dúvida. Melhor precaver!
O Observador - Chuy, outubro de 2016.
@

