Quão insanas são as certezas.
Duvide delas!
Pressione-as com veemência,
E elas se entregam.
Não tenho certeza de nada.
Se me vês chorando,
Duvide da certeza de que sofro.
Certamente, com certeza,
Não reconheço o meu sofrer.
A certeza acusa,
Sua veemência cala,
Mas só cala os tolos
Que não tem certeza de nada.
Tolo não sou.
Não dou a certeza,
Para não me comprometer.
No âmago do falatório,
Tudo parece certo,
A incerteza espreita.
A certeza envaidece.
Vista-se da razão e lá está a arrogância.
Então ouve-se a incerteza
E a arrogância esvai-se.
Eita dúvida! A certeza treme.
Certezas!
Não me apoio na certeza,
Frágil como é,
Ela vacila diante das incertezas.
Melhor espiar.
Lido
da Silva
@
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