sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Não me entendes




Se não ouves o meu grito,
então cochicho em teu ouvido.
Se, ainda assim, não me
entenderes então deixarei
tudo como está.

O Obeservador, Chuy, novembro de 2026.

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domingo, 13 de novembro de 2016

Quando eu morrer




Quando eu morrer, se eu morrer, que os 
abraços que vierem em minha despedida
estejam trajados de alegria.
Por favor não chorem, as lágrimas me 
entristecem, e quero estar feliz quando 
da minha partida.  

Quando eu atravessar a antessala, se 
possível, quero que orem uma oração,
que cantem uma linda canção.
Ainda que a emoção se faça presente,
peça-a que respeite o ambiente de
alegria, não induzindo os visitante 
às lágrima. 

Quando morto, navegarei os mares,
nadarei nos rios e, quiçá, caminharei os
belos parques. 
Morto, viverei a vida como não a vivi
em vida, sendo espírito gozarei do amor
que, não raro, me foi negado aqui. 

Em espírito voarei embrenhado ao vento,
subirei aos céus e confundir-me-ei com
as preces.
Morto serei pó, me confundirei com o 
orvalho que se deita com as flores na 
surdina das madrugadas e se levanta com
a chegada dos primeiros raios do sol.

Não quero ser enterrado quando do meu 
último suspiro!
Que os meus restos sejam solto ao ar 
para que repousem onde o vento o deitar. 
Sendo pó penetrarei nas entranhas da
terra e fertilize os jardins e ali serei,
outra vez, vida.

Quando do meu ultimo suspiro, não 
cubram o meu corpo com a terra, pois 
quero, no pós vida, ouvir o declamar dos 
meus poemas ao nascer do sol.
No pós vida quero continuar a admirar a 
lua em seu eterno valsar. 

Quero que a vida se despeça de mim com
singela oração e, se couber, cantando 
uma linda canção. 
Que o nosso último adeus seja um lindo 
sorriso, um alegre aperto de mão e tu me
aceitando em teu coração.

             O Mensageiro - Chuy, novembro de 2016

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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Eu não




Evasivas,
Timidez,
Indecisão.

Não,
Eu não.
A ilusão.

Calo,
Falo,
Estou mudo.

Esvaio-me,
Me dou,
Assim acontece.

Mal de paixão,
Dor de coração,
Ilusão.

O silêncio,
A madrugada,
A poesia, a brisa, a estrada.

Então!
Senão,
Intimida-me a intenção.

E o amor?
Terá o amor me deixado,
Ou nunca terei sido amado?

Não,
Eu não,
Ouço a razão.

O Mensageiro - Chuy, novembro de 2026.

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Devotos da perversidade.

  Me recuso a acreditar que mentes sanas deem a luz a pensamentos insanos. Não! Definitivamente não creio que aconteça  de um coração justo ...