Quando eu
morrer, se eu morrer, que os
abraços que vierem em minha despedida
estejam trajados de alegria.
Por favor não chorem, as lágrimas me
entristecem, e quero estar feliz quando
da minha partida.
Quando eu atravessar a antessala, se
possível, quero que orem uma oração,
que cantem uma linda canção.
Ainda que a emoção se faça presente,
peça-a que respeite o ambiente de
alegria, não induzindo os visitante
às lágrima.
Quando morto, navegarei os mares,
nadarei nos rios e, quiçá, caminharei os
belos parques.
Morto, viverei a vida como não a vivi
em vida, sendo espírito gozarei do amor
que, não raro, me foi negado aqui.
Em espírito voarei embrenhado ao vento,
subirei aos céus e confundir-me-ei com
as preces.
Morto serei pó, me confundirei com o
orvalho que se deita com as flores na
surdina das madrugadas e se levanta com
a chegada dos primeiros raios do sol.
Não quero ser enterrado quando do meu
último suspiro!
Que os meus
restos sejam solto ao ar
para que repousem onde o vento o deitar.
Sendo pó penetrarei nas entranhas da
terra e fertilize os jardins e ali serei,
outra vez, vida.
Quando do meu ultimo suspiro, não
cubram o meu corpo com a terra, pois
quero, no pós vida, ouvir o declamar dos
meus poemas ao nascer do sol.
No pós vida quero continuar
a admirar a
lua em seu eterno valsar.
Quero que a vida se despeça de mim com
singela oração e, se couber, cantando
uma linda canção.
Que o nosso último adeus seja um lindo
sorriso, um alegre aperto de mão e tu me
aceitando em teu coração.
O Mensageiro - Chuy, novembro de 2016
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