quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Óbvio - Obvious





E quando óbvio se descobre nu?
Assim, só assim, nu.
Aconteceu, se deu assim,
Exposto, de cara limpa, um 
Rosto.
Cala, cala!
Desgosto, deboche, chacota.
Que importa?
Tarde demais,
Já deu.
É óbvio!  
Era esperado.
Quem não sabia?
Quando o sol se levanta e 
Não faz sua cama, se 
Lava em água fria, reclama
Sem esvazia a bacia, chove.
A boca pede água quando 
Quer beijos.
Bebe!
Bebe e deixa o sobejo que,
Óbvio se recusa a beber.
O vento bate à porta,
Preguiçosa, esta geme.
Geme, reclama mas se
Abre, óbvio, não era 
Ninguém.
A impaciência não gosta
De esperar.
Então fica a insolência,
Ficam as coisas, a canga, 
A cantiga de ninar, o 
Copo vazio, a razão e o
Óbvio.

       Habacuc, agosto de 2017

                @

Obvious

And when the obvious find?
Himself naked,
Just naked, naked, naked.
It happened, happened,
Exposed, with a clean face,
A face.
Shut up, shut up!
Disgust, mockery,
Mockery.
What does it matter?
Too late, it's over.
It ss obvious!
It was expected.
Who didn't know?
When the sun rises and
Don't make his bed,
Wash himself in a cold
Water, complain
Without emptying the
Basin, it rains.
The mouth asks for
Water when it want
Kisses.
A drink!
The mouth drinks and
Leave the surplus that,
Obvious refuses to
Drink.
The wind knocks at
The door,
Lazy, the door moans.
The door moans,
Complains but its 
Opens, obviously, it
Wasn't nobody.
Impatience doesn't
Like to wait.
Then there is the
Insolence,
The remain things, the
Yoke, the lullaby, the
Empty cup, the reason 
And the obvious.

          @

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