Odeio quando que as palavras descabidas,
mesmo sabendo do risco de magoar,
se pronunciam.
Porém, pior que essa palavras, são os
sorriso que as aplaudem sem se
importarem com as feridas abertas pelas
mesmas.
Daí em diante os pedidos de desculpas
parecem toscos, mera burocracia.
As feridas já foram abertas e os sorrisos,
sem graças, fingem arrependimentos
mas não adianta, arrependimento não
cicatrizam feridas.
Odeio as palavras quando estas vêm
travestidas de sentimentos os quais não
expressam o que elas, de fato, guarda
em seu cerne.
No momento em que pressinto a
chegada de tais senhoras me retiro do
recinto e evito, desta forma,
testemunhar feridas serem abertas.
Não me permito sorrir um sorriso que
mais tarde, certamente, sorrirá de mim.
Não me dou a conviver com palavras
que, ainda sabendo da possibilidade de
ferir, se pronunciam.
Não soio estender a mão para mãos
que soiam apedreja sem se importarem
com as feridas que causarão nos
apedrejados.
Ainda que a verdade e a sinceridade
tenham que prevalecer em todas as
circunstâncias, a sensatez recomenda
prudência em usa-las, não podendo as
mesmas serem usadas como
instrumento de "mind game".
Não consigo conviver com ferimentos
os quais jamais terei coragem de ferir.
O Mensageiro - Chuy, junho de 25.
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