Não mude de assunto, o medo te pegou.
Se descalço as pedras mordem os teus pés,
de pé, pisas as agulhas da vida e a tua
vida sangra.
Não chore os tombos que imaginas ter
caído.
Esqueça os braços que fingem te amparar.
Melhor, esqueça tudo!
Deixe o "tudo" esquecido onde ele
costuma repousar.
O que choras não melhora a tua vida.
Os motivos pelos quais vertes as tuas
lágrimas não se importam contigo.
Os palpites são vãs, não sabem o que
dizem, não mudam a situação.
Vire o tropeço do avesso e ele não
balbuciará sequer um terço.
Em meio aos "senãos", tempestades
desabam sobre a certeza e esta,
transpirando dúvidas, treme.
O medo, quando com medo,
envergonhado, diz estar tremendo de
frio.
O susto, causador da tua agonia, se só,
se furta a ficar no escuro, as cismas o
aflige ele tem medo do tropeço.
O Observador- Brasília, Janeiro de 2014
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