Solto como as folhas ao vento,
Sou jogado de um lado pro outro e,
De repente, caio.
Inerte, enraizado onde caí, sinto-me
Perdido e aturdido, bebo os sobejos
Que o tempo me deixou, e apago.
Solto como os pensamentos vadios,
Vou onde penso ser bom, onde
Acredito ser possível encontrar a
Felicidade que se esconde de mim.
Não importa se acredito no amor,
O amor não crê em mim.
Solto vivo a liberdade de ir em busca
Dos sonhos, os meus sonhos.
Preso, assisto os meus sonhos
esvaírem-se
Em pesadelos e, uma lágrima furtiva
Foge de um sorriso que sorria com o
Intuito de esconder a sua infelicidade, a
Sua tristeza.
Solto como as folhas sobre as águas de
Um riacho, vivo o destino que teima em
Dizer ser o meu destino mas que não faz
Outra coisa se
não machucar-me.
Solto agarro-me aqui e ali, quero ficar mas
O tempo me arrasta, me leva para onde o
Amor nunca passará.
Chuí, abril 12, 2014.
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