Desventura pelo cravo se apaixonou.
O cravo formoso, vaidoso, fogoso,
Não ama a rosa e nem nunca a
Amou.
A rosa tem o cravo por amante, mas
O cravo a tem apenas por amiga.
Uma amiga que muitas madrugadas
Em seus braços dormiu.
Uma amiga com a qual apenas se
Divertiu.
Formoso, o cravo vive os amores
Que outras flores lhes dão, enquanto
A rosa, pelo cravo abandonada, se
Ilude vivendo amores que nunca
Chegarão ao seu coração.
O cravo, amor único e eterno da rosa,
Não lhe dá atenção. Ele brinca com
Seus sentimentos, diverte-se com sua
Paixão.
A rosa quer viver, mas longe do
Cravo ela só consegue morrer.
O cravo ama as flores que se atiram
Em seus braços seduzidas por seus
Encantos. Enquanto a rosa vive
Amores que não ama e se engana
Dizendo ter o cravo apenas como
Seu melhor amigo.
O amor dos sonhos da rosa é o cravo
Que ela jura ter apenas como amigo e
Sofre. Ela sofre calada, vendo-o amar
As flores que se atiram em seus
Braços seduzidas por seus encantos.
A rosa vive para amar o cravo, e o
Ama às escondidas acreditando não
Ser percebida.
Ela sofre com a sua paixão não
Correspondida pelo cravo que sebe,
Nunca a amará.
A rosa brigou com o cravo porque ele
Quer apenas o seu corpo, enquanto
Ela quer o seu coração.
A rosa brigou com o cravo porque ela o
Ama e quer ser feliz ao seu lado, mas
Ele a quer apenas em sua cama.
A rosa ama, chamando o seu amado de
Amigo sabendo ser ele a sua grande
Paixão.
A
rosa brigou com o cravo e abandonou
O seu
jardim, jardim onde viveu sonhos
Que acreditava
não terem fim.
Chuí, Julho 10, 2014
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