Tenho medo!
Tenho medo mas não deixo o medo me amedrontar.
Tenho medo!
Tenho medo mas, mesmo com medo, caminho o
Medo que me é dado a caminhar.
Sim, tenho muito medo!
Tenho medo mas o medo nunca conseguiu me
Assustar.
Tenho medo.
Tenho medo!
Tenho muito medo do medo.
Tenho medo!
Tenho medo dos sorrisos fáceis.
Tenho medo dos olhares dóceis que me
olham de
Soslaio.
Tenho muito medo do medo que surge do
nada.
Tenho medo.
Tenho medo!
Tenho medo do que me dizem de logo e esquecido.
Tenho medo!
Tenho medo do medo que se esconde de mim,
Tenho medo!
Tenho medo do medo que me impede de sair às
Ruas.
Tenho medo do medo que, com medo, tentar se
Agarrar em mim.
Tenho medo!
Tenho medo dos pensamentos
toscos.
Tenho medo das falsas verdades,
Tenho medo das verdades que só acusam,
Tenho medo das tempestades paridas do nada.
Tenho medo.
Tenho medo!
Tenho medo dos medos que se
escondem os seus
Medos.
Tenho medo!
Tenho medo dos medos não explícitos,
Tenho medo das franquezas dos medos.
Tenho medo!
Tenho medo dos medos que as meia verdades
Parem.
Tenho medo!
Tenho medo da verdade que não sabe perdoar.
Tenho medo!
Tenho medo do medo que observo na noite,
Tenho medo do medo que me espreita no meu
Dia a dia.
Tenho medo do medo que alimenta os meus
Pesadelos.
Tenho medo do medo que me desperta na
Madrugada para me falar dos seus medos.
Tenho medo do medo que não me deixa dormir.
Tenho medo do medo que o medo costuma
Fingir.
O Observador - Chuí, julho de 2014
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