Discordem, calem, calem porque não
chorarei as mortes.
A sorte dos que partem é não verem as
lágrimas dos que ficam.
... o pó se levante mas, quando caírem, que
não caiam em meus olhos.
Não chorarei pó, resto de vida, poeira,
asfixia.
Não permitirei os meus olhos lacrimejarem.
Que tragam flores e, que estas não sejam
para o meu túmulo, infortúnio que ainda não
me sucedeu.
Sou eu a vida depois da vida, um caminho
só de ida, que a vida viveu.
Não me chorem!
Indo embora não me despedirei.
Dou-te meu abraço agora, para não ter que
encontrar me esperando.
Não sou vida, sou pedra, sou pó, sou só.
... que as pedras caiam!
Que a terra me cubra até que eu esteja
pronto para voar.
Que as lágrimas sequem antes de eu me
deitar.
Não me chorem, não gosto, nem vou gostar.
Lido da Silva - Chuy, dezembro de 2015
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