quarta-feira, 27 de abril de 2016

Tudo é circunstancial


Circunstâncias!
Tudo nessa vida é circunstancial.
O tempo,
a distância,
a coragem,
o medo,
as perdas,
e os sustos.
Tudo, o tudo mais.

Circunstâncias! 
Tudo no sorriso é circunstancial.
O beijo,
o abraço,
a paixão,
o amor,
o adeus.
Tudo, e o tudo mais.

Circunstâncias!
Tudo na solidão é circunstancial.
A distância,
o frio,
a tristeza,
a saudade,
as lágrimas.
Tudo, inclusive o tudo mais.

Circunstâncias!
Tudo no tudo é circunstancial.
As circunstâncias,
as mulheres possessivas,
os seus sorrisos,
as suas lágrimas,
os seus abandonos,
e o seu apreço.
Tudo, e o tudo mais.

Circunstâncias!
Tudo nesta vida é circunstancial.
O vento soprando no rosto,
as lágrimas sofridas,
os sorrisos sem graça,
o viver, o sol,
o tropeço, o beijo no chão,
as circunstâncias.
Tudo, no abandono, é circunstancial.

      Habacuc, Chuy, abril de 2016

             @




quinta-feira, 21 de abril de 2016

Está aí - Here we comes


Está aí,
Nada o nega e nem dá para negar,
Acontece a todo momento, é 
Parte do nosso dia a dia.
Coisa esquisita, ninguém vê mas
Todos sentem.
Sentem porque queima como sol
Na pele nua.
É coisa de quem sabe fazer o 
Silêncio calar.
Na antessala o calar espera 
Impaciente a paciência que  
Ouve o cair da chuva.
A circunstância se descabela,
Desespera-se com a sordidez
Do descalabro que a história, 
Um dia, haverá de contar.
Feche a porta!
Não deixe mais ninguém 
Entrar, o ambiente esta pesado,
A angústia tomou o lugar.
Está aí!
Nada o nega e nem dá para negar.
Os gritos, com medo, se calaram.
Os ouvidos, assustados,  
Fecharam-se.
Não abra! não abra!não abra!
Corra, a prudência manda que 
Corra.
A sabedoria recomenda não 
Esperar.
Nada muda, nada mudará!
É a voz forte contra o "não ter 
Nada a declarar".
Corra! Corra! Não espere!
Não faça nada porque nada vai
Adiantar.
Já passa da meia noite e quem
Sabe se, com sorte, uma nova
História pode começar.

    Habacuc - Chuy, abril de 2016.

            @

Here we comes

There we are,
Nothing denies it and can't even deny,
Its happens all the time, yeah
It’s part of our everyday life.
Weird thing, no one sees it but
Everyone feels.
Feel because it burns like the sun
On bare skin.
It's a thing of those who know how to do
The silence shut up.
In the anteroom, the silence awaits
Impatient for the patience to
Hear the rain to fall.
The circumstance undone itself,
Desperate with sordidity
Of the debacle that the history,
One day, will have to tell.
Close the door!
don't let anyone else
Get in, the atmosphere is heavy,
Anguish took over.
There we are!
Nothing denies it and can't even deny.
The screams, with fear, fell silent.
The ears, frightened,
Closed itself.
Do not open! do not open! do not open!
Run, prudence ask you to
Run.
Wisdom recommends not
Wait.
Nothing changes, nothing will change!
It is the strong voice against "having
Nothing to declare".
Run! Run! Do not wait!
Better do not do anything because nothing will
Work out.
It's past midnight and who knows if, with luck,
A new history will begin.

                      @


Nunca passou - It never passed


Que coisa! 
O passado morre, mas vive sem que
Eu o perceba.
Me dou conta da sua presença,  nas 
Lembranças que eu acreditava 
Estarem mortas mas que estão 
Vivas, vivem escondidas em mim.

Que dizer do passado, que não 
Passou?
Um tempo que não ficou para trás.
Saudades, sorrisos e lágrimas.
Um ontem que fica, que se recusa
A transformar-se em recordação.

A noite dorme a saudade chora,
O abraço abraça e beijo beija.
Recordações, o ontem vivo é o
Presente que nunca partiu.

Sinto o abraço que há muito me
Abraçou.
Sinto o beijo que me beijou,
Canto as músicas que dancei e
Danço as músicas que cantei.
O ontem acontece agora a
Toda hora, não passou e, talvez,
Nunca passará.

Sendo o hoje, o ontem 
Sobrevive as minhas tentativas
De deixa-lo no passado.
Casos e causos, as músicas,
Os beijos, os abraços, tudo,
Tudo.

          Lido da silva, abril de 2016,

                  @

It never passed

Gosh!
The past has died, but it lives in me without
I notice it.
I am aware of your presence, in the
Memories I believed
To be dead but it is still
Alive, it live hidden in me.

What to say about the past, which
Has not happened?
A time that was not left behind.
Miss you, smiles and tears.
A yesterday that stays, that refuses
Turning into a memory.

The night sleeps, longing cries,
The hug hugs and the kiss kisses.
Memories, the living yesterday is the
Gift that never left.

I feel the hug that has long Hugged me.
I feel the kiss that has kissed me,
I sing the songs that I danced and
I dance to the songs I sang.
Yesterday is happens now
Every hour, it didn't pass and, maybe,
It will never pass.

Being today, the yesterday
Survive my attempts
To leave it in the past.
Cases and stories, the songs,
The kisses, the hugs, everything,
All.

                   @
  


Omissão - Omissão




É um caso!
História que não convém.
Mexe com muitas vidas,
Como se fora a vida de 
Ninguém.

A testa franze, os dentes
Cerram.
O sorriso apagado 
Passou, deixou de 
Existir.

Não adianta, pouco 
Importa!
A vida segue adiante,
Independente de 
Lágrimas e de 
Sorrisos.

É um fato.
História que miguem 
Contou.
Se era mentira virou 
Verdade, pouca 
Gente se importou.

Morreu com o tempo
E o tempo enterrou.
Virou ontem e para o
Hoje nada sobrou.

  Habacuc, Chuy, abril de 2016

             @

Omissão

It's a case!
Unsuitable story.
It deal with lot of lives,
As if the life of
Nobody.

The brow furrows, the
Tteeth close.
The gray smile
Passed, no long 
Exist.

Let it be.
No one care!
Life goes on,
Independent of
Tears and
Smiles.

It's a fact.
History that no one
Said.
If it was a lie, it turned
Into true and little
People cared.

Its died with time
And time buried.
Turned into yesterday and
To the today nothing was
Left.

             @

sábado, 9 de abril de 2016

Já faz tempo


Nossa!
Quanto tempo não nos falamos!
O meu coração não te esquece, não vive um só dia
sem pensar em ti.
Tenho saudades do teu sorriso, saudades do brilho
dos teus olhos.
Sinto saudades de tudo que concerne a ti.

Onde estás?
Por onde andas?
O que andas fazendo?
Fale com alguém sobre teu dia para que esse 
alguém possa me contar.
Sinto, preciso muito saber de ti.

Ainda que sem saber, qual foi o meu pecado que
te afastou de mim, peço o teu perdão.
Vai, me perdoa!
O tempo não nos espera, e já perdemos muito do
que tínhamos para vivermos juntos.
Te amo, te guardo no mais profundo do meu coração.

Nossa!
Adoraria ter a chance de te abraçar de novo, de sair,
de conversar contigo, ver o teu sorriso.
Tento adivinhar o que estás fazendo agora mas,
há tanto que não nos falamos que nem em 
devaneios consigo te alcançar.

Só me dê um oi!
Mande-me uma mensagem, fale alguma coisa, 
qualquer coisa.
Não vivo um segundo da minha vida sem pensar
em ti.
Te amo, te amo tanto que nenhuma palavra é forte o
suficiente para expressar o amor que guardo por ti.

          O Mensageiro - Chuy, abril de 2016

                    @


Tuas verdades - Your truths




Em outros braços, buscas as verdades  que não te conto. 
São verdades que pretendem desmentir as minhas
verdades.
As verdades que dão vida as tuas fantasias, ilusões e 
mentiras. 
Verdades são verdades e jamais mentirão, nunca te 
iludirão.

Ainda que demores, te esperei. 
Quero olhar em teus olhos e ver as verdades que 
escondes de mim.
Espero o teu beijo frio, os teus abraços que não me 
abraçam de verdade, as tuas verdades que não me 
enganam.
As verdades que mentem por ti.

Outra noite, no meio da madrugada, a tua verdade 
me acordou.
Ela me despertou para que eu ouvisse as suas 
mentiras.
Mentiras estas que dizem, serem mentiras, as minhas 
verdades.
Verdades, mentiras, verdade, as dúvidas.

Em outros braços, falando verdades, disseste me 
amar, mas soou como mentira.
Soou como mentira, mas é verdade!
Me amas, sinto isto em teu beijo frio e em teus 
abraços distante.
Sinto em tuas verdades mentirosas que as minhas 
verdades também mentem para mim.

               Mauro Lucio - Chuy, abril de 2016


                           @

Your truths

In other arms, you seek the truths that I don't tell you.
Truths that intend to contradict mine truths.
The truths that give life to your fantasies, illusions 
And lies.
Truths are truths and they will never lie, 
It will never deceive you.

Even though it took me a while, I waited for you.
I want to look into your eyes and see the truths that
You hide from me.
I wait for your cold kiss, and for your hugs that 
Don't really hugs me, your truths that I don't
Deceive me.
The truths that lies stead of let you lie.

Another night, in the middle of the night, your truth
Woke me up. 
It woke me up to hear its lies.
Lies that insist to be true, mine truths, lies.
Truths, lies, truth, the doubts.

In other arms, speaking truths, you told to be in love
By me but it sounded like a lie.
It sounded like a lie, but it's true.
You really do love me, I can feel it in your cold kiss
And in your distant hugs.
I feel in your lying the truths that my truths also lie
To me.

                                 @

terça-feira, 5 de abril de 2016

O chicote - The whip




Sou o chicote que bate, açoito o ar,
Corto corpo, canto ao dilacerar a 
Carne.
Medo, prazer horrendo, causar a 
Dor.
Dançar gemidos, gozar 
Sofrimentos,
Deixar ferir.

Para que o bálsamo, se gosto de 
Ferir?
Chora! 
O choro me agrada. 
Sou o chicote que bate, sou a 
Razão, a dor.
Faço doer às lágrimas, a dor me
Causa prazer.

Nego o sorriso, a lágrima é o 
Capítulo final.
Termina em lágrimas, a vida 
Começa e termina em 
Lágrimas.
A verdade é a chicotada que mais
Dói.
Sou o chicote, sou a verdade que
Fere, sou a vida.

Corto a vaidades, calo gritos, o
Gemidos.
A dor sangra, chora, soluça e
Cala, é a verdade crua e nua.
O susto que espanta, cala, deixa
Estático.
É a verdade, é assim no último 
Momento do que sou, sou o 
Chicote.
Sou a chicotada.

O Obsevador - Chuy, abril de 2016.

            @


The whip

I am the whip that beats, I whip
The air, I cut the body, I sing as
I tear the flesh apart.
Fear, hideous pleasure, cause 
Me the pain.
Dancing groans, I enjoy the 
Sufferings, let it hurt.

Balm, what for, if I love to hurt?
Cry!
Tears pleases me.
I am the whip that beats, I am 
The reason, I am the pain.
I hurt the tears, the pain gives 
Me pleasure.

I deny the smile, the tear is the 
Final chapter.
It ends in tears, life starts and 
Ends in tears.
The truth is the lash that hurts
The most.
I'm the whip I am the truth 
That hurts, I'm life.

I cut vanities, I sufocate the 
Screamso, the moans.
The pain bleeds, it cries, 
Hiccup and shut up, it's the 
Raw, naked truth.
The fright that frightens, shuts 
Up,
Leave static. 
It is the truth, it's like this till 
The last moment of what I am,
I am the whip.
I'm the whip.

                       @

               

Ocaso - Sunset


A minha carne tem fome,
Come o meu corpo, me consome
Pedaços, tiras, e nacos.
A cruz me é pesada,
Oro o terço enquanto a minha fé
Ameaça desvanece.
Qualquer coisa assim,
Lágrimas nos olhos 
Seguidas de sorrisos sem razão
De ser.
Um jeito sem graça, trapaça, l
Fora alguém chama o meu 
Nome, cismado não respondo.
Não tenho medo da morte, mas
Não acompanho enterros.
Deixa chamar, que me chame,
Não vou!
Já não sei o que é hora, o 
Tempo não me importa, acho 
Que já vivi demais.
Um descuido e sinto a 
Mordida da minha carne em 
Minha carne! 
Sem querer um gemido me 
escapa.
Eu ouvi, eu ouvi!
Alguém chamou o meu nome,
Melhor não responder.
Não, não vou responder.
Nem sei se é a minha vez de
Ir!
Vá quem tem pressa!
Vá quem o desassossego não
Deixa sossegar.
Ouvi chamarem o meu nome
Mas não vou!
Não foi assim que nasci, e não
Será assim que morrerei.
Não tenho medo da morte, 
Mas nem por isto tenho que
Ter pressa de juntar-me a ela.
De repente mais uma 
Mordida da minha carne em
Minha carne.
Doeu, doe muito!
Choro, rezo mais um terço,
Mas desta feita a carne não
Tira o seus dentes da minha
Carne.
Resigno-me, calo.
Não devo a morte, daí não 
Ter razão para suplicar-lhe
A vida.

O Observador - Chuy, abil de 2016.

                @

Sunset

My flesh is hungry,
It eats my body, consumes me
Pieces, strips, and chunks.
The cross is heavy for me,
I pray the rosary while my faith
Threatens to fade.
Anything like that,
Tears in my eyes
Followed by smiles without reason
To be.
A graceless way, a trick, there
Someone calls my
Name, brooding, I don't answer.
I'm not afraid of death, but
I don't attend funerals.
Let them call, let them call me,
I won't go!
I no longer know what time is,
Time doesn't matter to me, I think
I've lived too much already.
One slip and I feel the
Bite of my flesh on
My flesh!
Unintentionally, a groan escapes me.
I heard, I heard!
Someone called my name,
Better not answer.
No, I won't answer.
I don't even know if it's my turn to
Go!
Go, those in a hurry!
Go, those who are restless
Won't rest.
I heard them call my name
But I won't go!
That's not how I was born, and
That's not how I'll die.
I'm not afraid of death,
But that doesn't mean I have to
Be in a hurry to join it.
Suddenly another
Bite of my flesh in
My flesh.
It hurt, it hurt so much!
I cry, I pray another rosary,
But this time the flesh doesn't
Take its teeth out of my
Flesh.
I resign myself, I remain silent.
I don't owe death, therefore 
I have no reason to beg it
For life.

                 @

Devotos da perversidade.

  Me recuso a acreditar que mentes sanas deem a luz a pensamentos insanos. Não! Definitivamente não creio que aconteça  de um coração justo ...