desavenças,
descrenças
tens razão.
Nunca me escutastes,
o estado de espírito
aflitivo cala,
mascara a dor com um sorriso morno,
engole seco,
engasga,
chora.
E daí?
Não enxugues as minhas lágrimas,
que ela chore,
que caia em minha boca
e sacie essa sede amarga,
destrave o travo da minha garganta.
Não adianta!
O desapego me tomou,
que importa o tempo,
que vá.
Hum!
A gestação demorada deveria ter parido algo melhor,
mas não foi assim.
Tempo desperdiçado,
o que nasceu é natimorto.
Cismas,
argumentos,
desafeto.
Resultado triste,
devia ser longevo,
mas é um aborto.
Não chorarei por isto,
deixo para lá,
o tempo cuida,
o esquecimento enterra.
Do jeito que nasceu morreu,
nada deixou.
Mauro Lucio - Chuy, junho de 2016.
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