terça-feira, 23 de agosto de 2016

Não vou me calar




Abaixe o tom!
Desprezastes os desvãos,
Não! Agora não!
Tarde demais.

Agora é tarde!
O tempo de diálogo já passou.
Tudo podias, mas nada fizeste,
Não adianta gritar.

O abismo tem fome.
A paciência esgota-se,
De repente descobri estar nu,
E gritei.

Deu-se o grito e,
Agora nada mais me cala,
Deixaste acontecer,
Não vou retroceder.

Pondere,
Tanto te chamei para conversar.
Agora conceda, ceda,
Porque não vou me calar.


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