Não percebestes, mas a valsa mudou.
Desprezastes os desvãos, ignorastes os
senãos, e zombastes das razões.
Não!
Agora não, chega, não mais!
Agora é tarde!
O tempo de diálogo se esgotou.
Tudo podias, mas nada fizeste, agora
não adianta gritar.
Os teus gritos não vão me assustar.
O abismo tem fome, e tua vaidade é
capas de sacia-lo.
A paciência esgotou-se e se tornou
impaciente, e impaciente me dei
conta de que estava nu, e gritei.
Deu-se o meu grito, e tua indiferença
não me calará jamais.
Sem se dar conta deixaste de
acontecer em minha vida, e as razões
que outrora sorriam de mim, agora
sorriem comigo.
Tanto te pedi para que conversasse
comigo!
Tu não me ouvias, nunca quisestes
me ouvir. Agora, como o sol se põe
no horizonte, estou me despedindo
de ti.
Mauro Lucio - Chuy, agosto de 2016.
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