Sem ilusões, encaro a frieza da razão.
Sem motivações, garimpo os motivos
que ainda se acercam da minha crença
de que ainda vivo.
A perplexidade se assusta diante de
tamanha indiferença.
A indiferença com que sou tratado,
cuidadosa, me acolhe e me guarda da
fúria da indiferença daquelas que
haveriam de me amar.
Em minha jornada peito a vida, o vento
e os empurrões.
Trajando a solidão vivo o frio, vivo às
lágrimas e as situações que anseiam
pelo velório dos meus sonhos.
Fui esquecido e vivo o esquecimento
daquelas que me sepultaram antes de
eu morrer.
Excluíram-me de tudo e, com
ceticismo, compartilho este cálice com
aquelas me fazem sofrer.
O que terão feito com o amor que
amei?
Onde esqueceram todo o amor que dei?
Estou aqui!
Ainda estou vivo, ainda amo, as amo!
Pobre daqueles que sacrificam o amor!
Pobres, rejeitaram os beijos que beijei,
dispensaram os abraços que abracei e
esqueceram o quanto as amei!
Que lástima!
Não perceberam o quão profundo as
amei!
O Mensageiro - Chuy, setembro de 2016.
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Lindos poemas como sempre.
ResponderExcluirGrato pelo carinho de suas palavras e volte sempre, é muito bom te encontrar aqui, visitando as minhas linhas!!!
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