quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Desiludido




Desiludido caminho a minha desilusão.
Sem ilusões, encaro a frieza da razão. 
Sem motivações, garimpo os motivos
que ainda se acercam da minha crença
de que ainda vivo.

A perplexidade se assusta diante de 
tamanha indiferença.
A indiferença com que sou tratado,
cuidadosa, me acolhe e me guarda da
fúria da indiferença daquelas que 
haveriam de me amar.

Em minha jornada peito a vida, o vento
e os empurrões. 
Trajando a solidão vivo o frio, vivo às 
lágrimas e as situações que anseiam  
pelo velório dos meus sonhos.

Fui esquecido e vivo o esquecimento
daquelas que me sepultaram antes de
eu morrer.
Excluíram-me de tudo e, com 
ceticismo, compartilho este cálice com
aquelas me fazem sofrer.

O que terão feito com o amor que 
amei?
Onde esqueceram todo o amor que dei?
Estou aqui!
Ainda estou vivo, ainda amo, as amo!
Pobre daqueles que sacrificam o amor! 

Pobres, rejeitaram os beijos que beijei,
dispensaram os abraços que abracei e 
esqueceram o quanto as amei!
Que lástima!
Não perceberam o quão profundo as 
amei!

 O Mensageiro - Chuy, setembro de 2016.

                 @





2 comentários:

  1. Lindos poemas como sempre.

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    1. Grato pelo carinho de suas palavras e volte sempre, é muito bom te encontrar aqui, visitando as minhas linhas!!!

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