Sábio me calo e guardo a razão,
sorrindo explico a sapiência
que causa ao outros tantas aflições.
Louco,
Sou o tempo a
explicar
o que não é entendido, em outras
percepções, sim, sou louco.
Insano falo, e entendem eu
estar
falando só.
Aponto o nada, e nada
vêm, então
concordam que
sou louco.
Então sou louco.
Então sou louco.
A razão não aceita
que a loucura
seja a capacidade
de perceber a
vida fora do contexto entendido
como normal.
Assim sou
louco, percebo a
lucidez.
A normalidade das anormalidades
assusta e, os ditos normais se
recusam a aceita-la.
A normalidade não a explica.
A loucura é inexplicável, é
A loucura é inexplicável, é
loucura.
Os loucos não vêm a sanidade
em
minha loucura.
Taxam-me louco,
mas nunca como
demente.
Sorriem, me
deixam para lá.
Sou fogo,
Sou água,
Sou terra,
Sou ar.
Louco, aceito a loucura, e de onde
estou assisto
a agonias dos, ditos
normais.
A normalidade que os consome
alimenta a minha loucura.
O Observador - Chuy, setembro de 2026
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