Caminhando em direção a morte para se
fazer maior.
Ser como os rios, livres do egoísmo e
das ambições,
Sem apego às coisas que esta vida traz,
Agasalhado na certeza de que quando
morre nos
Braços do mar, ele será maior,
E mais intenso.
Não faz sentido o amor vazio,
O amar o que não se pode herdar.
Não se herda corpo,
O físico é terra, água, vento, ar,
que,
Como fumaça, desaparece quando a vida
o deixar.
O corpo sem espírito é como a lágrima
sem dor,
É o enganar.
Não faz sentido,
Não faz sentido não perceber as
nuvens em suas
Viagens silenciosas se misturarem com
a eternidade.
É absurdo não entender que nada se dá
por acaso,
Que as fatalidades são
nós, percalços de um caminho,
Que como o curso dos
rios, segue para o estágio,
Onde se fará
maior.
Que as lágrimas chorem a saudade e a dor
das despedidas.
O adeus sem data de reencontro é
mistério, assusta, faz
Frio, faz medo, muito medo, porém
não é sábio chorar
A morte.
A elevação espiritual necessariamente
passa pelo fim
Desta vida, que nunca se dá antes do seu tempo.
Foi para isto que nascemos, é para
isto que vivemos.
Observe a água da chuva sendo sugada
pela terra.
Atente para o escuro absorvendo a
luz,
A poeira se perdendo no firmamento e as
lembranças
Se entregando ao esquecimento.
Tal como se passa com tudo neste mundo, o mesmo se dá
Com a nossas avida que segue o seu curso rumo a morte
Para se fazer melhor.
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