Não gosto de falar do amanhã,
O prematuro é frágil, consequentemente
incerto.
O medo de sofrer num futuro que nem
sei se viverei me assusta,
Daí tornar-me cumplice do presente,
por saber que no
Presente não há dúvidas, ele já está
aqui, é agora.
Outra noite fui surpreendido por um
céu maravilhosamente
Estrelado que jurava que o dia seguinte
seria lindo, um dia sol,
E amanheceu chovendo. O mesmo se dá com os abraços
Guardados para um amor futuro, coisa incerta
que ainda virá,
Esvanecem no tempo sem abraçar ninguém.
Não sou discípulo do futuro,
O futuro está muito longe de ser algo
com que conto.
Me dou por satisfeito com o que tenho
agora e engulo
Os choros que choraria se tivesse
certeza de que o
Amanhã chegará para mim.
Na verdade, quando vejo o dia ganhar
a cor da minha pele,
E tenho a oportunidade de ouvir o
relógio tique taquear a
Meia noite, oro uma prece, agradeço a
Deus mais um dia
Vivido e experimento a satisfação da
certeza de estar
Vivendo mais passo em direção a um
futuro que não sei
Se existe.
Não sou dado a pensar nos eventos longínquos,
nas coisas
Que residem num tempo que não sei se
viverei.
Outro dia me peguei experimentando um
arrependimento por
Não ter vivido um evento que me foi
dado a oportunidade
De viver. Não o vivi preocupado com
um futuro que ainda
Hoje não sei se viverei. Trato o
futuro como uma ilusão.
@
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