segunda-feira, 28 de outubro de 2024

O observador

 


Observando o mundo à minha volta,

percebo o desespero tomando os 

viventes pelas mãos e os levando 

ao medo.


O medo espreita, o desconhecido é

sinistro, mas nenhum vivente se 

atreve a acender a luz. 

O medo está no controle.


Pobre de nós, os inocentes, perto

dos culpados, e distantes do

Criador!

Que o medo não me ouça!


O desespero é só é aterrorizante,

hoje, porque no passado, nós, os

viventes, o escolhemos. 

Loucura!  


Que o Criador tenha compaixão de

nós, os inocentes, porque os

culpados, eu sei, não terão.

Viventes devoram viventes.


O Mensageiro - Chuy, outubro de 2024


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sexta-feira, 25 de outubro de 2024

O Aldrabão

 

O aldrabão mente, ele planta a mentira onde

coloca os seus pés.

Desplante!
A mentira deseja morrer diante d
o excesso

de mentiras do aldrabão, mas este segue

mentido insensivelmente.


A mentira se irrita diante da desfaçatez do

aldrabão e, o aldrabão mente

compulsivamente.

Ele não respeita nem o direito da mentira de

só ser semeada nas ocasiões que lhe

apetecer. 


Que a mentira não se acanhe diante dos

exageros do aldrabão.

Que o aldrabão não sufoque a mentira com

tantas mentiras.

Destino ingrato o da mentira, depender do

aldrabão para existir.


Ainda ontem, enquanto discorria sobre a

mentira, o aldrabão foi constrangido por

esta.

Ela, a mentira, não suportou os excessos

do aldrabão e, diante de todos, expôs as

suas mentiras.


Ou o aldrabão se controla em suas

mentiras, ou sofrerá o vexame de ser

desmentido pela mentira.

É perceptível o desconforto da mentira

diante de tantas mentiras ditas pelo

aldrabão.


O Mensageiro - Chuy, outubro de 2024.


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segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Sou o culpado

 


Das desculpas, fico com o arrepio,

não dou um pio, fico calado.

Deixo de lado as explicações, mas

observo as interjeições.


Das quedas, fico atento aos tombos.

Dos sorrisos, aguardo para ouvir o 

choro que vem depois.

Que o depois, não seja as lágrimas!


Que as lágrimas, por fim, possam

sorrir do que motivou a sua tristeza.

Que seja, não importa, não vou me

enganar, ouvi um vivente chorar.


Das desculpas, fico com a culpa.

Sendo o culpado, não preciso me 

explicar.

Já estou julgado e condenado.


Não foi por culpa da culpa, que

me calei diante das acusações.

A culpa sempre culpa alguém e,

desta feita, o apontado sou eu. 


         O Mensageiro, Chuy, outubro de 2024.


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O observador

  Observando o mundo à minha volta, percebo o desespero tomando os  viventes pelas mãos e os levando  ao medo. O medo espreita, o desconheci...