quarta-feira, 20 de novembro de 2024

A felicidade

 


Não sei quantas chuvas vivi, mas

sei que já vivi o suficiente para

saber que, querer passar para os

outros a fórmula da felicidade é 

sandice.


As despedidas me ensinaram que

a felicidade e a tristeza moram

no mesmo endereço, e por serem

muito próximas, andam de mãos

dadas.


A vivência me ensinou que a

felicidade é como um sopro, é

como uma experiência que se dá

sem a necessidade de se explicar.

A felicidade acontece, só se dá.  


Eu mesmo, em muitas ocasiões,

vivi a infelicidade por não ser

capaz de reconhecer a felicidade.

A felicidade compartilha o

mesmo této com a infelicidade.  


Não sei quantas outras chuvas

ainda viverei, mas o que as

chuvas me ensinaram sobre a

felicidade, guardo comigo, bem

aqui, comigo.


O Mensageiro - Chuy, novembro de 2024.


              @ 


domingo, 17 de novembro de 2024

Vives em mim


Acreditei ter me despedido de ti,
mas ainda hoje, tenho você
comigo.
Vives em mim, és a fonte de
toda a saudade que aflige o meu
coração.

Quando te disse adeus, acreditei
estar te deixando ali, onde nos
vimos pela última vez.
Não foi o que aconteceu e, até
hoje, te guardo comigo.

Meu Deus!
Quantas vezes, sacudido no
meio do dia pela saudade, desejo,
como louco, me reencontrando
contigo.

Os anos se passaram, mas
esta parte da estória da minha
vida, o tempo se recusou a
apagar.
Você está aqui, mais viva que
tudo, no meu dia a dia.

Tomado pela saudade, em meio
ao silêncio da madrugada,
tento ouvir a sua voz, mas o
tempo me repreende, ele me
lembra que você é uma história
que eu não soube viver.

 

O Mensageiro - Chuy, novembro de 2024.


                @ 


sábado, 16 de novembro de 2024

Confusões

 

Observando as minhas confusões

me deparo com as situações me

tirando para dançar com elas e

danço!

Danço do amanhecer ao anoitecer. 


O céu amanheceu cinzento e o

vento sopra desconfiado.

O sol avisou que não sairá hoje, 

então que a noite não tarde, e que

a tarde não se manifeste.


O hoje, cheio de incertezas, não

tem o que me dizer. 

Ele está esperando pela chuva, 

mas a vinda da chuva é tão 

incerta quanto os meus dias.


Diante de tantas incertezas, me

desfaço do que me restava de 

lucidez e converso  com o 

silêncio que, até então,

 permanecia mudo ao meu lado.


Há muito a loucura me espreita e

as incertezas me incomodam e 

então, observando as minhas 

confusões percebo a loucura  me

tomando pela minha mão. 


  O Mensageiro - Chuy, novembro de 2024


Em meu interior

Observando as minhas atitudes interior, percebo os meus pecados ansiando por pecar.  Percebo a inquietude do meu espírito e o seu protestand...