terça-feira, 20 de maio de 2025

Vinhos

                                                                    FOTO: Ana Clara D. Souza


Falo dos amores, dos sabores

e das fantasias.

Falo dos vinhos, falo de néctar,

falo de paixão, de histórias e

estórias, falo das cores.


Falo de vida, de flores e de 

amores.

Falo de ti, falo de mim, falo do

outono, da primavera e dos 

casos de amores.


Traga-nos uma taça do mais 

primoroso dos vinhos, do vinho

que ansiou décadas para 

celebrar o nosso encontro,

 para celebrar nós dois.


Vamos beijar o néctar dos 

néctares, o mais nobres dos 

vinhos, o nosso vinho.

Venha, nos agasalhemos 

neste universo de cores.


Vivamos o nosso sabor, o  

sabor do nosso beijo, o calor do

nosso abraço e mais um caso 

de amor, a nossa paixão, os 

nossos vinhos,  a nossa união.


O Observador - Chuy, maio de 2025.


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sábado, 17 de maio de 2025

As tuas agruras

 


Não preciso que me contes,

o que contas para ti quando

em tua solidão.

As tuas agruras são tuas

agruras e só a ti cabe vive-las,

então não as atire em meus

braços.


Eu,ainda que choramingando

aqui e acolá, lamento os meus

lamentos sem te incomodar.

Vá!

Tome os teu pecados como

teus pecados e não queira me

apontar.


Sou cismado com as verdades

que me contas porque o que me

contas me soa como meias

verdades.

Me falas das noites claras que

não te deixam dormir, mas 

não falas dos dias escuros que

não deixas clarear.


Ouço com cismas as tuas

estórias, e a tua história me

causa arrepio.

Outrora chorei, junto contigo,

as tuas dores e hoje me dou

conta do quanto isso me

custou.


As minhas cismas vêem com

cismas as tuas dores e duvida

que elas de fato doam como

dizes doerem.

Lágrimas enganam e o

descuido induz o incauto à 

piedade, e piedade é o que

não mereces receber.


O Observador - Chuy, maio de 2025.


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sábado, 3 de maio de 2025

Desacorçoado

 



Ultimamente tenho andado um tanto 

quanto desacorçoado, ando meio 

acabrunhado, sem saber onde ir.

Sei lá!

Me sinto meio perdido, sem rumo,

sem saber para onde caminhar.


Me sinto assim!

Mesmo estando no sol, sinto frio. 

Ainda que no silêncio, ouço barulhos,

e em meio a multidão, me sinto só.

Sim!

Muito esquisito, ultimamente, tenho

me flagrado achando a vida um nó.


Por mais disfarçada que a falsidade

esteja, a sinto no ar.

Ainda que muito bem escondida, a 

mentira não consegue me enganar,

e  então sofro, sofro e não consigo

disfarçar.


Ando tão desacorçoado ultimamente

que até o silêncio do silêncio me 

incomoda.

Ando cismado, tenho dificuldade de

acreditar até nas coisas que no 

passado acreditei.


Sim!

Ando me sentido como o vento que

sopra as noites escuras do inverno.

Sinto-me como o sol nos dias de

chuva.

Me sinto como o ocaso a se despedir

da luz do dia.


          O  Mensageiro - Chuy, maio de 2025


                           @ 


Devotos da perversidade.

  Me recuso a acreditar que mentes sanas deem a luz a pensamentos insanos. Não! Definitivamente não creio que aconteça  de um coração justo ...