Não preciso que me contes,
o que contas para ti quando
em tua solidão.
As tuas agruras são tuas
agruras e só a ti cabe vive-las,
então não as atire em meus
braços.
Eu,ainda que choramingando
aqui e acolá, lamento os meus
lamentos sem te incomodar.
Vá!
Tome os teu pecados como
teus pecados e não queira me
apontar.
Sou cismado com as verdades
que me contas porque o que me
contas me soa como meias
verdades.
Me falas das noites claras que
não te deixam dormir, mas
não falas dos dias escuros que
não deixas clarear.
Ouço com cismas as tuas
estórias, e a tua história me
causa arrepio.
Outrora chorei, junto contigo,
as tuas dores e hoje me dou
conta do quanto isso me
custou.
As minhas cismas vêem com
cismas as tuas dores e duvida
que elas de fato doam como
dizes doerem.
Lágrimas enganam e o
descuido induz o incauto à
piedade, e piedade é o que
não mereces receber.
O Observador - Chuy, maio de 2025.
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