Hoje cedo, enquanto admirava a beleza do
amanhecer, me deparei com a verdade.
Sim, a verdade.
Ela brilhava esplendorosa no céu, e ao
perceber o meu olhar de admiração diante
do seu encanto, ela me sorriu e me falou:
“Não pense que me conheces só por ter
me encontrado”.
Cismado com a irreverência da verdade,
não me dei por vencido e lhe falei: és a
verdade e só isto me basta.
Pouco depois, saindo à rua para mais um
dia de labuta, a cada passo que dava me
deparava com uma verdade diferente
daquela que tanto me encantou, só então
entendi o sentido das palavras da verdade.
Entendi que são tantas as verdades que
vivemos em nosso mundo que, a única
maneira de reconhecer a verdadeira
verdade é observando os frutos que essa
produz.
Árvores ruins não produzem bons frutos e
este entendimento se aplica a tudo nesta
vida, inclusive às verdades.
Em minha andança pelo mundo me
deparei com infinito tipo de verdades, e
por muitas fui enganado, e outras tantas
enganei.
Agora, calejado pelo tempo, antes de
tomar por verdade uma verdade que me
abraça, dou um tempo, e paciente,
aguardo por seus frutos para, só então,
decidir se posso ir com ela me deitar.
O Observador - Chuy, setembro de 2025.
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Earlier this morning, while admiring the
Yes, the truth.
She shone splendidly in the sky, and
Stunned by the irreverence of truth,
Shortly afterward, as I went out into the
I understood that there are so many
Bad trees don't produce good fruit, and
Now, hardened by time, before I
