Pode até parecer que não, mas setenta e
dois quilómetros é uma boa caminhada.
Setenta e dois quilómetros é a medida da
estrada que caminhei até chegar aqui, neste momento que te falo.
Sim, eu caminhei!
Caminhei e, entre tropeço, quedas e
muitos arranhões, banhado em lágrimas,
confesso que em alguns momentos
pensei desistir.
Verdade!
Não foram poucas às vezes que perdi o
horizonte.
Sim, não foram poucos os momentos que
perdi o horizonte.
Então, em meio as tempestades, em plena
escuridão, surgiram os anjos.
Permita-me te falar dos anjos.
Sim, eu creio em anjos, eu creio em
Deus.
Os anjos são pessoas que Deus, em sua
infinita bondade e misericórdia, aponta
para segurar em nossas mãos quando
nos momentos de turbulências.
Anjos são pessoas que aparecem para nos
ajudar quando mais precisamos de ajuda.
Todos podemos ser anjos.
Os anjos tem nomes!
Os anjos tem nomes, e os nomes dos
meus anjos são Sebastiana, Benedito,
Honestalda, Jamil, Aida, Francisco,
Arthur Dominovisk, Bessa.
Todas estas pessoas, dentre outras,
foram usadas por Deus para me ajudar
em minha jornada.
Caminhei setenta de doas jornadas e não
me perdi.
Entre os encontros e os desencontros,
agora idoso, olho no retrovisor da vida
e, com sorriso nos lábios vejo na
distancia as dificuldades que venci.
Sem Deus eu jamais teria alcançado o
topo do monte onde hoje me encontro.
O Mensageiro - Chuy, julho de 2024.
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