Estou atravessando o nada, me encontro perdido
em uma imensa confusão de pensamentos que
me atormentam.
Choro!
Choro um choro mudo que se esconde atrás do
sorriso que brilha frio como o sol do inverno.
Vivo um sofrimento de um pecado que não
cometi.
Sinto um frio do qual me escondo e tenho medo
de uma noite que ainda não me foi dado a viver.
Mantenho os meus pés dentro de uma bacia com
água gelada, com medo de coloca-los no chão e
adoecer.
Procurando os pingos da última chuva, abraço o
céu, quando então um cisco cai em meus olhos e
me impede de ver o teu sorriso vitorioso que
sorri da minha inocência em ter confiado em ti.
Agora tenho os meus braços ocupados, em meu
colo há um fruto que não é meu, um fruto que
me foi imposto, que colocaram em minha mente
convencendo-me, ser meu.
Tenho o meu sorriso apagado, sufocado por um
choro que não chorei.
Sou soprado por um vento que, ignorando o
calor do sol, sopra gélido e fere o meu peito
comd a saudades, saudades de uma felicidade
que não vivi.
Mauro Lucio - Brasília, abril de 2012.
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